Foto: Reprodução/Xinhua
Oficiais da reserva das Forças Armadas respondem
A visita de 20 militares chineses ao Brasil gerou polêmica nas redes sociais. O grupo chegou ao país em 30 de maio e seguiu para o Quartel-General do Exército em Brasília.
Os militares chineses fazem parte da Universidade de Defesa Nacional da China e assistirão a palestras sobre os programas estratégicos desenvolvidos pelo Exército Brasileiro.
A maioria do grupo é formada por oficiais-generais. Há integrantes das três Forças Armadas da China— Exército, Marinha e Aeronáutica. A ação é coordenada pelo Ministério da Defesa, pela Aditância de Defesa da China e pela Embaixada da China em Brasília.
Consultado por Oeste, o general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva disse que é normal a visita de militares estrangeiros a outros países. Robinson Farinazzo, oficial da reserva da Marinha, afirmou que os intercâmbios ocorrem frequentemente.
A visita ao Brasil
A informação foi revelada pela colunista Roseann Kennedy, do jornal Estado de S. Paulo. Conforme a publicação, a visita poderia ser corriqueira, não fosse o clima de desconfiança por parte dos Estados Unidos.
Recentemente, o Exército Brasileiro deixou de chamar a China para participar de um seminário sobre doutrina militar no Comando de Operações Terrestres, também na capital federal. Ao tomar conhecimento da situação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou ao ministro da Defesa, José Múcio, que o convite fosse feito. A ideia é defendida por Celso Amorim, assessor especial do presidente para assuntos internacionais.
Brasil e China mantêm um acordo de cooperação bilateral assinado pela ex-presidente Dilma Rousseff e pelo ex-presidente chinês Hu Jintao que prevê “visitas mútuas” de navios e aeronaves militares.
Isso significa que aviões e embarcações em missão de longo alcance podem fazer escala técnica em portos e aeroportos brasileiros.
Revista Oeste