‘Organizadores não disseram que uma pessoa com partes diferentes usaria os vestiários femininos’, disse Riley Gaines
Riley Gaines, ex-nadadora universitária, disse que sentiu “extremo desconforto” ao dividir o vestiário com Lia Thomas, atleta trans contra a qual competiu. Riley foi entrevistada pelo jornalista norte-americano Tucker Carlson, da Fox News, nesta semana.
“Os organizadores não disseram que uma pessoa com ‘partes diferentes’ usaria os vestiários femininos”, relatou Riley, ao mencionar que não sabia a quem recorrer. “Então, não apenas fomos forçadas a competir contra um homem, mas obrigadas a trocar de roupa no vestiário com um. Senti-me extremamente desconfortável.”
A ex-nadadora, que se formou neste ano, também criticou Thomas por sua participação na natação feminina. Ela alegou que, por ter nascido homem, Lia Thomas tem uma vantagem biológica injusta sobre as mulheres.
Trans em competições femininas: “Competição injusta”
Riley foi entrevistada pela primeira vez por Tucker Carlson em abril deste ano, sobre a participação de Thomas em competições femininas.
“Nenhuma mudança que um atleta trans fizer vai esconder sua estrutura, que é naturalmente diferente da de mulheres”, disse ela, na entrevista de abril. “Lia, por exemplo, nadou por três anos como homem. É completamente injusto.”
No início deste mês, Riley criticou a Universidade da Pensilvânia por indicar Thomas para o prêmio “Mulher do Ano” de 2022 da National Collegiate Athletic Association (NCAA), organizadora dos principais eventos esportivos universitários dos Estados Unidos.
“Este é mais um tapa na cara das mulheres”, tuitou Riley. “É um título feminino que agora tem entre seus indicados um homem biológico. A NCAA tornou este prêmio inútil.”
Na última semana, no entanto, a NCAA anunciou as fases finais do processo, sem a presença de Thomas. No lugar da atleta trans, a entidade selecionou Sylvie Binder, esgrimista da Universidade de Columbia. Com isso, a atleta trans perdeu a chance de ganhar a premiação.