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Tina Turner, que morreu na quarta-feira (24), deixou uma fortuna estimada em US$ 300 milhões — R$ 1,5 bilhão, na cotação atual. Seu marido, Erwin Bach, com quem a cantora viveu por 38 anos, deve ser o maior beneficiário de seu testamento, herdando 47% do espólio.
Nora da artista, Afida Turner falou sobre a divisão de bens em entrevista à emissora francesa Canal+. Viúva de Ronnie Taylor, caçula de Tina, ela detalhou que os outros 53% deveriam ser divididos entre os filhos da cantora. Mas existe uma questão:
Tina teve quatro filhos, mas dois deles já morreram. Em 2022, o caçula Ronnie faleceu aos 62 anos, após complicações de um câncer de intestino. Já Craig, primogênito da artista, faleceu em 2018, aos 59.
Os dois eram filhos biológicos da artista, que ainda tem outros dois, Ike Turner Jr. e Michael Turner. Eles são filhos do primeiro marido de Tina, Ike, mas foram adotados por ela após a morte da mãe, Lorraine Taylor.
A partilha pode enfrentar um problema por causa da lei suíça.
No país, onde foi feito o testamento, a herança da cantora iria automaticamente para o marido e os dois filhos adotivos. Pessoas de fora desse grupo só poderiam receber algo se estiverem mencionadas no testamento.
Mas, segundo Afida, Tina nunca teria adotado legalmente os dois filhos de seu ex-marido. Representantes de Tina ainda não se pronunciaram sobre o caso, mas relatos deixam claro que a cantora se afastou dos herdeiros.
Em 2018, Ike Jr. afirmou que não conversava com a mãe há 20 anos e que ela também era distante de Michael, apesar de enviar dinheiro para que ele cuidasse da própria saúde.
Quando o assunto é o maior herdeiro de Tina, as coisas parecem mais resolvidas. Erwin já anunciou que transformará a casa da cantora na Suíça, onde ela viveu até a morte, em um museu em sua homenagem. Apenas a propriedade é avaliada em R$ 300 milhões.
O produtor musical esteve com a companheira em seus últimos anos e chegou a doar um rim para ela em 2017.
Créditos: UOL/Splash.