Foto: Reprodução/INFOMONEY.
O plano de reduzir tributos para a venda de carros com preços populares, anunciado na quinta pelo governo Lula, é um “desastre” que não deu certo no passado, disse o economista Samuel Pessôa ao Estadão.
“Acho isso um desastre. Se eu tivesse de fazer essa medida, faria diferente. Eliminaria o requerimento de conteúdo nacional e deixaria trazer peças de fora e montar (o carro) no Brasil, mas com meta de exportação. O problema da indústria brasileira é que a economia globalizou, e uma planta, para ser eficiente, tem de produzir pelo menos 300 mil unidades do mesmo modelo por ano”, disse.
E acrescentou:
“Ouvi gente dizendo que essa política está mais bem desenhada, tem contrapartidas de tecnologia, conteúdo nacional, mas as últimas políticas para o setor, e que não deram certo como Inovar Auto e Rota 2030 já tinham cláusulas de eficiência energética, de conteúdo local, estímulo a pesquisa e desenvolvimento. Não tem nenhuma novidade no desenho, vão fazer mais do mesmo.”
Na semana passada, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços lançou um pacote para reduzir os valores iniciais de modelos compactos com motor 1.0 para algo entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. O desconto pode chegar até 10,79% no valor final do veículo.
Créditos: O Antagonista.