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O técnico Carlo Ancelotti discutiu com um jornalista que negou racismo da torcida do Valencia a Vinicius Júnior.
O que aconteceu
Durante a coletiva, um repórter afirmou que a torcida não gritou mono (macaco) para Vini Jr., e sim tonto. “O Mestalla [estádio] não disse mono em nenhum momento, disse tonto”, afirmou.
Ancelotti responde e questiona então o motivo de o árbitro ter paralisado o jogo. “Pararam a partida por que a torcida gritava tonto? Não”, disse o treinador.
“Parou a partida porque o jogador queria sair [de campo], imagino eu”, alegou o repórter.
Carlo Ancelotti insiste e diz que o jogo foi paralisado porque havia sido aberto o protocolo de racismo.
O repórter ainda acusa o treinador de fazer uma afirmação ‘muito grave’ à torcida do Valencia. “Gostaria então que você se justificasse”, complementa.
“O árbitro parou a partida para abrir um protocolo de racismo. Se o estádio grita tonto, não abre o protocolo“, finaliza Ancelotti.
Episódio de racismo
Aos 15′ do segundo tempo, torcedores lançaram outra bola em campo, e Cömert chutou na direção do brasileiro, que acabou sofrendo uma falta no momento em que estava preparando uma jogada de ataque.
Ao levantar e se direcionar para a lateral do campo, alguns torcedores do Valencia gritaram ‘Mono’ (macaco) contra o brasileiro.
Vinicius Junior discutiu rapidamente com alguns torcedores, mas a partida continuou.
Cerca de 10 minutos depois, o jogo foi paralisado, visto que os torcedores do Valencia voltaram a repetir o gesto.
O locutor do estádio pediu para que os gritos fossem encerrados sob ameaça do jogo ser suspenso.
Logo depois, o brasileiro identificou o torcedor que cometeu o ato racista e ao tirar satisfação foi insultado por outros torcedores presentes.
Poucos minutos depois, já nos acréscimos, jogadores de Valencia e Real Madrid trocaram empurrões após Vini Jr. ser chamado de macaco pelo goleiro rival e receber um mata-leão de Hugo Duro.
Na reação, o brasileiro atingiu o rosto de Mamardashvili e acabou expulso.