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Fazer uma reeducação alimentar (inicialmente com déficit calórico) e iniciar a prática de uma atividade física. Essa é a “fórmula” do emagrecimento. No entanto, algumas pessoas seguem esta estratégia e, mesmo assim, não conseguem ver muita diferença na balança. Isso ocorre porque a perda de peso depende de outros fatores. Veja abaixo o que pode estar afetado sua redução de peso.
Dormir pouco
Não dormir o suficiente todas as noites está associado ao risco elevado de várias doenças, como diabetes, depressão e problemas de coração. Dormir menos que o recomendado pode, também, influenciar diretamente no seu peso.
Estudos mostram que aqueles que não dormem tanto quanto deveriam são mais propensos a comer alimentos açucarados, o que pode levar ao ganho de peso ao longo do tempo. Especialistas acreditam que isso se deve às mudanças nos níveis dos hormônios leptina e grelina — que ditam a fome que sentimos.
O sono é responsável por uma verdadeira faxina no corpo, eliminando toxinas e promovendo a regeneração da energia vital. Quando não acordamos “recarregados” o suficiente, nosso organismo precisa de mais energia para se manter ativo ao longo do dia, e essa energia é obtida por meio da alimentação.
Portanto, dormir adequadamente é fundamental para quem deseja perder peso.
Ganhar músculos
Nas primeiras semanas de mudanças de hábitos, o número mostrado na balança costuma cair bem. No entanto, em algum momento, a perda de peso parece ter estacionado. Mas isso, na verdade, pode ser o indicativo de que você está mandando muito bem!
Se você estiver fazendo musculação, provavelmente continua perdendo gordura. No entanto, está ganhando massa muscular e músculos também pesam!
A balança normal não é capaz de determinar quantos quilos de gordura e músculos você possui. Por isso, ela não é a mais indicada para acompanhar sua evolução. Balanças de bioimpedância são as mais indicadas para este acompanhamento, pois detalham a composição do corpo.
Reação de ‘segurança’ do corpo
Começar a emagrecer e estacionar na perda de peso pode ser também uma reação do seu corpo diante de um “alerta de perigo”. O corpo humano tem mecanismos de autodefesa. Ao engordar, estocamos fontes de energia para serem usadas quando necessário. Quando começamos a perder muito peso, nosso organismo pensa que estamos passando fome.
Por causa disso, o corpo tenta poupar energia ao mesmo tempo que emite mais hormônios da fome, na expectativa que a pessoa possa se alimentar mais para recuperar o peso perdido.
Diante desta situação o importante é não desanimar e continuar com o foco. É preciso prestar ainda mais atenção na alimentação e nas atividades físicas.
Não beber água suficiente
Recomendações gerais de saúde apontam que devemos beber, no mínimo, 2 litros de água todos os dias. Para saber a conta exata da quantidade que deve ser ingerida, basta multiplicar seu peso por 35, e o resultado estará em ml. Por exemplo, uma pessoa que pesa 60kg precisa beber, diariamente, 2100ml de água.
Todos sabemos a importância da água para o bom funcionamento do corpo, afinal nosso organismo é composto 70% por água. Mas o líquido ajuda, e muito, a vida de quem quer perder peso. Cientistas descobriram que o líquido pode suprimir o apetite, aumentar o metabolismo — a taxa em que seu corpo queima calorias — e aumentar a motivação.
Pesquisas sugerem que quanto mais hidratado você estiver, melhor será para seu corpo concluir diversas tarefas — desde pensar até queimar gordura.
Portanto, se você não bebe água suficiente, isso com certeza está afetando sua perda de peso.
Condições de saúde
Alimentar-se bem, exercitar-se, beber água e dormir o recomendado pode não ser suficiente para algumas pessoas perderem peso. Isso pode ser devido a uma série de condições médicas — que muitas pessoas nem sabem que têm.
Uma das possibilidades é o hipotireoidismo. Essa é uma condição na qual a tireoide não produz hormônios suficientes que são vitais para regular o metabolismo do corpo — o processo que transforma alimentos em energia. Como resultado, aqueles com a condição queimam menos calorias.
Outra é a síndrome do ovário policístico, que ocorre quando as mulheres produzem um pouco mais do hormônio masculino (testosterona) do que o normal. Essa condição pode causar resistência à insulina, o que significa que o corpo luta para converter a glicose na corrente sanguínea em energia, o que pode fazer com que as pessoas com este problema ganhem peso mais facilmente do que outras.
Vale passar em seu médico para avaliar se o que está prejudicando sua perda de peso pode ser uma condição de saúde. Elas têm controle com o tratamento adequado.
Créditos: O Globo.