Foto: Sergio Lima/Poder360.
No exercício da Presidência, Geraldo Alckmin disse que o Executivo não quer reestatizar a Eletrobras. Lula está no Japão, para participar do encontro do G7. “O que o governo contesta é o fato de ter 43% das ações e só poder ter 10% do conselho”, disse, durante entrevista à CNN Brasil, transmitida na sexta-feira 19. “É apenas isso.”
A declaração do vice-presidente destoa dos pronunciamentos de Lula. Durante um evento realizado em 11 de maio, o petista chamou a privatização da Eletrobras de “bandidagem”. “Entramos na Justiça, por orientação do Rui Costa, para readquirir o direito de termos importância política na administração da Eletrobras”, anunciou, na ocasião. “Na privatização, houve um crime de lesa-pátria.” Em outras ocasiões, Lula chegou a dizer que o governo tem de voltar a ser “dono” da Eletrobras.
Sem provas, Lula acusou o governo Bolsonaro de organizar um esquema de corrupção, com a participação da iniciativa privada, no modelo de privatização da empresa.
“Se o governo brasileiro tentar comprar de volta a Eletrobras, tem que pagar três vezes o valor que o privado ofereceu”, disse Lula. “O próprio governo fez lei prejudicando o governo. Vamos apurar, vamos abrir processo, vamos tentar provar a corrupção, para que o povo saiba quem praticou corrupção neste país.”
Advocacia-Geral da União move ação para controlar a Eletrobras
Em 5 de maio, a Advocacia-Geral da União entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para interpelar o limite máximo de 10% no direito de voto da União na Eletrobras.
Assinado por Lula, o documento pede ao STF para anular o trecho da lei em questão, de modo que a União volte a ter “controle” sobre a empresa, já que é a maior acionista, com 43% das ações.
O governo quer que o trecho só seja aplicável ao direito de voto referente às ações adquiridas depois da privatização.
Créditos: Revista Oeste.