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Senador diz que instituto não ouviu ninguém do Amapá ao negar autorização para prospectar possível reserva de petróleo
O senador Randolfe Rodrigues(Rede-AP) criticou, na madrugada desta 5ª feira (18.mai.2023), a decisão do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis) de negar uma licença ambiental para que a Petrobras possa prospectar a perfuração de um poço na Margem Equatorial Brasileira, situada do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte.
No Twitter, o senador disse que o instituto “não ouviu o governo local e nenhum cidadão” do Estado. “O povo amapaense quer ter o direito de ser escutado sobre a possível existência e eventual destino de nossas riquezas”, falou.
Randolfe afirmou que unirá esforços com o governo federal para que, “de forma técnica, legal e responsável”, possam conduzir o Amapá ao “desenvolvimento sustentável”.
ENTENDA
Na 4ª feira (17.mai), o Ibama negou uma licença ambiental para a Petrobras prospectar a perfuração de um poço na Margem Equatorial Brasileira em busca de conhecimento sobre o potencial de exploração de petróleo no local.
De acordo com o presidente do instituto, Antonio de Agostinho Mendonça (PSB), o pedido apresenta “inconsistências preocupantes” para uma operação segura em área de “alta vulnerabilidade socioambiental”.
A região, incluída como um dos principais focos de campanha exploratória no Plano Estratégico 2023-2027, abrange 5 bacias sedimentares, que se estendem da costa do Amapá ao Rio Grande do Norte, e fica a 500 km da foz do rio Amazonas.
Grandes expectativas foram postas no setor, que chegou a ser chamado de “novo pré-sal”. Segundo a ANP(Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), estudos internos indicam “elevado potencial para a realização de descobertas relevantes de recursos prospectivos”.
O empreendimento na região, porém, é fortemente criticado por ambientalistas, que preveem possível prejuízo à fauna e flora marítimas. Outro receio diz respeito à sensibilidade característica de ecossistemas como esse e o seu impacto no funcionamento de correntes marítimas regionais.
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