Foto: PM
No relatório sobre o acidente que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estabeleceu as últimas comunicações feitas pelos pilotos com a torre de comando, momentos antes da tragédia. O documento tornou-se público na segunda-feira (15).
De acordo com o texto, um piloto de outra aeronave que se aproximava para pouso em Caratinga (MG) relatou que ouviu comunicações da tripulação do avião em que a cantora estava. Ele afirmou ao Cenipa que “não percebeu diferença ou alteração nas transmissões, sugerindo que, até aquele momento, tudo corria dentro da normalidade”.
Um piloto de outra aeronave que também tinha como destino Caratinga afirmou à investigação que, momentos antes do acidente, a tripulação do avião de Marília realizou três reportes na frequência livre.
No primeiro reporte, a tripulação informou que estava em posição afastada a 44 milhas náuticas. No segundo, comunicou que se encontrava na perna do vento da pista, ou seja, paralelamente à pista em uso, no sentido contrário ao do pouso.
No último reporte, cerca de 30 segundos após a segunda comunicação, o piloto informou novamente que estava na perna do vento da pista 2. Depois, não houve mais contatos.
Na descida para o pouso, o avião de Marília chocou-se com os cabos de aço de para-raios da linha de transmissão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). A aeronave estava há cerca 115 pés do solo.
Metropoles