Foto: @isuperio/Instagram/Reprodução
Gabriela Pina, que afirmava ser especialista em desenvolvimento social, gravou vídeo em que dizia que Hitler teve intenção positiva ao promover o genocídio
A influencer Gabriela Pina, que tinha quase 414 mil seguidores no TikTok e 138 mil no Instagram, apagou as suas contas nas redes sociais. A decisão de sair das plataformas aconteceu após a repercussão negativa de um vídeo, publicado na sexta-feira passada (12), em que ela dizia que Adolf Hitler teve “uma intenção positiva” ao promover o genocídio de mais de 6 milhões de judeus.
O vídeo foi apagado, mas recuperado por internautas, como o influencer Antonio Isuperio. “Hitler tinha uma intenção positiva por trás da merda toda que ele fez com os judeus? Tinha. A intenção positiva dele era purificar a raça dele. É uma intenção positiva que é meio psicopata talvez? Talvez. Mas tinha uma intenção positiva. E quando eu falo que tudo é amor e o que não é amor é um pedido de amor é porque, quando a gente para para pensar no ser humano, tudo o que a gente faz é por amor. Tudo o que a gente faz é para se sentir pertencido. Tudo o que a gente faz, no fundo, é para que a gente sinta aquela sensação, que é quase como de um abraço, um carinho de uma mamãe”, diz Pina.
Gabriela Pina tem 23 anos, segundo sua biografia no Instagram, e diz ser mentora de autoconhecimento e estudante de psicanálise. Além de compartilhar conteúdos, ela comercializa uma mentoria de desenvolvimento pessoal. O custo, de acordo com o formulário que ela disponibiliza nas redes, é de R$ 4.800.
“Ao final do processo, você terá vivenciado uma verdadeira transformação na sua vida, com uma melhora significativa em seus relacionamentos, expansão da consciência, diminuição da ansiedade, eliminação da procrastinação, maior autoconfiança e amor próprio”, promete a descrição.
Em nota, o Instituto Brasil-Israel (IBI), “repudia veementemente qualquer tentativa de associação da ideologia nazista com esta abordagem. O regime de Adolf Hitler tinha como finalidade a limpeza étnica para propagação de uma raça ariana, e, para isso, exterminando não só judeus, mas também negros, pessoas LGBTQIA+, Testemunhas de Jeová, ciganos e outras minorias.”
A reportagem tentou contatar Gabriela Pina pelas redes sociais, mas não obteve retorno.