O médico obstetra de Quezia Romualdo, de 29 anos, mulher que engravidou naturalmente de sêxtuplos, em Colatina, Noroeste do Espírito Santo, disse que uma gestação gemelar é sempre de alto risco, mas que no caso da capixaba, que carrega seis bebês no útero, a gravidez é considerada ainda mais rara e de altíssimo risco.
“A gravidez de múltiplos, de gêmeos, é sempre gravidez de alto risco. No caso de uma gestação de sêxtuplos, ainda mais sem fertilização, é considerada muito rara e de altíssimo risco. Tem que ter um cuidado a mais. A gente fica com mais receio”, disse o médico Thiago Martinelli.
Ainda segundo o médico, que tem especialização em gravidez de risco e medicina fetal, quanto maior o número de fetos em uma gestação gemelar, maior o risco tanto para os bebês quanto para a mãe.
“Há o risco de desenvolver pré-eclâmpsia, diabetes, entre outros problemas para a mãe. Para o feto, eles podem desenvolver problemas específicos, como, por exemplo, discrepância de crescimento entre um bebê e outro, comprometimento de uma placenta e outra, diferença no fluxo de sangue, entre outros problemas…”, explicou o médico.
O médico destacou ainda que, a partir de agora, o que muda para Quezia é o acompanhamento da gravidez, que deve ser mais próximo.
“Qualquer gravidez de alto risco a gente acompanha ainda mais de perto. Gravidez de gemelar a gente faz alguns exames a mais, que são mais específicos para avaliar a prematuridade e o risco. A gente quer que todos os bebês sobrevivam e vivam bem. É o que a gente torce. Mas a gente tem que ficar com o pé atrás. No início, é mais comum não ter a evolução de alguns embriões”, explicou.
G1