Foto: Agência Brasil/Marcello Casal Jr.
Estimativas do Ministério da Previdência Social apontam que o déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve mais que dobrar até 2060 e quadruplicar até 2100. Os números foram divulgados pelo portal G1 neste sábado (13) e constam na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024.
Segundo o governo, o rombo da Previdência previsto para esse ano é de R$ 276,9 bilhões, que equivale a 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Porém, a estimativa indica que o resultado negativo deve subir em 2060 para R$ 3,3 trilhões ou 5,9% do PIB e, em 2100, para R$ 25,22 trilhões, equivalente a 10,4% do PIB.
De acordo com Ministério da Previdência, o aumento do rombo previdenciário, que é a diferença entre as receitas e as despesas do INSS, está relacionado com a alta de gastos estimada para as próximas décadas. A lógica desse cálculo estaria relacionada, principalmente, com o aumento da proporção de idosos no país no futuro.
Apesar dos números do governo, o economista Paulo Tafner, do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), disse ao portal G1 que acredita que o rombo previdenciário pode ser maior ainda do que o estimado, pois, em sua visão, o governo usou projeções otimistas para o crescimento do PIB.
Ainda de acordo com Tafner, as projeções para o déficit da Previdência mostram que será necessária uma nova reforma nos próximos anos. Para ele, a reforma de 2019, feita durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi a melhor já aprovada, mas ela não conseguirá impedir que uma nova tenha de ser feita em breve.
– Eu imagino que esse governo segura [sem fazer uma nova reforma]. No limite, se não no próximo governo, em 2026, o eleito em 2030 vai ter de fazer isso. Pois o déficit vai começar a escalar, ou ele governa ou paga Previdência – completou.
Créditos: Pleno News.