Foto: Ivan Sorti
O zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, foi um dos dezesseis denunciados pelo Ministério Público de Goiás por suposta participação em um esquema que manipulava apostas esportistas e que chegou à Série A do Brasileirão de 2022. Alvo de uma operação de busca e apreensão na cidade litorânea de São Paulo em abril, o atleta teve ser celular recolhido e, a partir dele, as provas que o ligaram ao esquema foram escancaradas.
Em novembro do ano passado, Bauermann foi chamado no WhatsApp por um dos integrantes do bando. A oferta: levar cartão amarelo no jogo contra o Avaí. Como “entrada”, o jogador recebeu 50.000 reais. No entanto, não houve a punição de advertência, o que deixou a quadrilha apreensiva e gerou as primeiras ameaças.
No jogo seguinte, como forma de recuperar a credibilidade junto à organização criminosa, segundo os investigadores, Bauermann aceitou a segunda proposta: contra o Botafogo, ele deveria ser expulso. De fato ele levou cartão vermelho, mas depois que o juiz apitou o final da partida. A segunda “pisada na bola” rendeu uma ampla discussão entre as partes.
Na sequência, o zagueiro do Santos tratou de se explicar e prometeu pagar pelo prejuízo que causou a quadrilha.
VEJA obteve acessos às investigações que levaram às Operações Penalidade Máxima 1 e 2. Abaixo, os detalhes de cada partida fraudada, segundo os membros do MP.
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