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Petista vai cobrar fidelidade da base governista no Congresso
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o presidente Lula pediu que ele conversasse com os partidos que possuem ministérios, para cobrar fidelidade na base do Congresso. Padilha se refere principalmente ao PSB, PSD, União Brasil e MDB.
“Certamente os votos serão cobrados”, disse o ministro a jornalistas nesta segunda-feira, 8. “Um dos temas da reunião é exatamente esse. Temos, por exemplo, o ministro das Cidades, Jader Filho, que é um dos autores do decreto do saneamento. Vemos então a bancada do MDB que votou contra o decreto. É o momento, inclusive, de o ministro, da coordenação política, compreender quais foram os motivos. Isso vai ser feito num ambiente o mais tranquilo possível.”
O ministro é o responsável por articular uma base estável para Lula no Congresso — até o momento, sem sucesso. Padilha pretende realizar o primeiro encontro com os partidos na quarta-feira 10.
O escolhido será o PSB, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, deve participar, uma vez que ele é filiado à legenda. Lula, contudo, não deve comparecer ao encontro. Mas, segundo Padilha, o petista pode “entrar em campo” a qualquer momento.
Padilha com a ‘corda no pescoço’
Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou a atuação de Padilha, dizendo que ele tem “dificuldades” no Congresso e que suas ações “não refletem em uma relação boa”.
“Um sujeito fino e educado, mas que tem tido dificuldades. Não tem se refletido em uma relação de satisfação boa”, declarou Lira, em entrevista ao jornal O Globo. “Talvez, a turma precise descentralizar mais, confiar mais. Se você centraliza, prende muito. Há muita dificuldade, talvez pelo tempo que o PT passou fora do poder.”
Dias depois, Lula disse a jornalistas que espera que Padilha “tenha a capacidade de organizar” o Congresso. Hoje, o ministro rebateu as críticas de Lira: “Não sou marinheiro de primeira viagem”, disse.
Revista Oeste