O processo de fabricação das bolinhas de gude deixam qualquer um hipnotizado. Você já sabe como elas são feitas? Confira!
Quando falamos em bolinhas de gude, você se lembra da década de 80? 90?
Pois bem, as bolinhas de gude são muito mais antigas do que costumamos imaginar. A história e as primeiras evidências do uso desse brinquedo, remete ao tempo da ascensão de Roma e do antigo Egito.
Em escavações arqueológicas realizadas próximas de Mohenjo-daro, sítio arqueológico localizado no Paquistão. Várias pedras polidas em formato de bolinha de gude foram encontradas. E foi nesse local que um dos primeiros povos urbanizados do mundo, desenvolveram a sua civilização.
O que nos leva a concluir, que esse brinquedo sem dúvida fez parte da infância de milhares de crianças no decorrer da história.
E por mais que você tenha passado horas e horas com esse brinquedo em suas mãos. Você já parou para se perguntar como elas são feitas?
Como as bolinhas de gude são feitas?
As famosas bolinhas de gude, possuíram ao longo do tempo uma série de variações. Por existirem desde os tempos remotos, é impossível determinados quem foi o seu inventor.
Mas o modelo atual, que conhecemos nos dias de hoje foi inventado pelos alemães. E se popularizou graças as primeiras fabricas que abriram nos Estados Unidos em 1870.
O material que é utilizado como matéria-prima da produção das bolinhas de gude também pode ser diversificado. O vidro, argila, aço e ágata por outro lado, foram os materiais mais usados ao decorrer da história.
Popularmente falando, as bolinhas de gude mais conhecidas nos dias de hoje são aquelas fabricadas em vidro maciço. E é sobre o processo de fabricação delas que nós iremos falar hoje.
Manual vs Industrial:
As bolinhas de gude de vidro podem ser produzidas de duas maneiras, a primeira é através do trabalho manual, realizado por um artesão.As bolinhas produzidas com essa técnica geralmente são mais ricas em detalhes e cores.
Enquanto a segunda técnica de produção, é o método industrial, que é capaz de produzir milhares de bolinhas como essas por dia.
O processo:
Tanto para o trabalho artesanal, quanto para o trabalho industrial, um imenso forno aquecido a 1.200° é utilizado para derreter o vidro. Nas industrias o vidro utilizado pode ser proveniente da reciclagem, de garrafas, espelhos, copos e tudo que é descartado e é feito desse material.
Assim como também é utilizado grandes blocos de vidro, que são comercializados diretamente com empresas que trabalham na fabricação de produtos feitos de vidro.
O vidro assim que chega na indústria precisa ser limpo e separado por cor. Em seguida ele é levado ao forno, onde passa do estado sólido para líquido.
Uma tesoura especial, corta a liga de vidro exatamente na quantidade necessária para a fabricação de uma única bolinha. Cada cota desse material é despejado em um pequeno cano de metal, que tem em seu fundo uma forma arredondada.
Graças ao movimento e a vibração que esses canos são submetidos, a forma esférica das bolinhas vai se formando. O próximo passo, é deixar com que essas bolinhas, que a essa altura ainda estão efervescentes resfriem naturalmente. Afinal, qualquer tentativa forçada de resfriar essas bolinhas, poderiam fazer com que elas trincassem.
O processo manual se diversifica do industrial exatamente por conta do trabalho braçal e atenção que exige. As bolinhas que possuem detalhes coloridos em seu interior, são produzidas depois que uma série de fios de vidro colorido, são colocados juntos, para serem cortados.
Esse emaranhado de vidro, é revestido com vidro transparente e levado para esteira para receber o formato ideal.
No final das contas, o resultado é realmente impressionante, e nos dias de hoje, é capaz de deixar qualquer um com nostalgia de infância.