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O texto abaixo é a opinião de Alexandre Garcia ao portal Gazeta do Povo:
Na sexta-feira (5), fui ao parlamento em Lisboa, e a bancada do Chega me participou que, com a ausência de Bolsonaro – já que tiraram o passaporte dele –, está adiado um encontro mundial com a cúpula da direita no mundo, no próximo fim de semana, em Lisboa. Estava marcado para o próximo fim de semana, dias 13 e 14 de maio.
Vem gente da Itália, da Hungria, do mundo inteiro. Estão esperando que o Bolsonaro receba o passaporte de volta. E me perguntaram por que ele está sem o documento. Eu disse: “Não sei”.
Uma que foi o Supremo, e o ex-presidente não é mais subordinado ao Supremo. Ele não tem mais foro privilegiado. Devia ser um juiz de primeira instância, se houvesse motivo. Mas uma questão administrativa como cartão de vacina não é motivo para tirar passaporte, mesmo porque a Organização Mundial de Saúde (OMS) acaba de decretar o fim da pandemia. São coisas estranhas, e eles já sabem que no Brasil há insegurança jurídica neste momento, e que a gente não pode confiar na Constituição, na pobre Constituição brasileira.
Estou esperando manifestação de Bernardo Cabral, relator da Constituição na Constituinte; do Nelson Jobim, que foi presidente do Supremo, relator da Comissão de Sistematização. Eles bem que poderiam dizer alguma coisa para a gente entender.
Eu cobri a Constituinte. Sei o que escreveram. A Constituição é explícita, ela não é implícita. Ficam essas dúvidas.