Foto: Montagem/DivulgaçãoPMERJ.
O Ministério Público do Rio de Janeiro anexou novas provas no processo contra Tandera, miliciano que está foragido da polícia desde 2016. O material incluído pelo MPRJ traz vídeos dos momentos em que Danilo Dias Lima executava seus inimigos. Apelidado de Tandera, ele chegava a fazer selfies com os cadáveres para aterrorizar seus desafetos.
O comportamento sanguinário dele chamou a atenção das autoridades do Judiciário. Nos vídeos que protagonizava, o homem aparece até decapitando seus inimigos, atirando à queima-roupa em jovens que tentavam roubar áreas controladas por ele e fazendo piadas com os corpos depois das mortes.
“Foram identificados vídeos contendo cenas de torturas e assassinatos praticados pelo bando de forma cruel”, afirma o comunicado do MP. Na última quarta-feira (3/5), uma operação policial foi feita para prender aliados de Tandera e encontrar material que pudesse incriminar a quadrilha.
Um vídeo divulgado pelo MPRJ no sábado (6/5) mostrou um dos momentos de maior poder de Tandera, quando colocou um fuzil na mesa diante de pré-candidatos políticos nas eleições municipais de 2020 e negociou termos para dar apoio às suas campanhas políticas.
O grupo controlava o crime organizado em regiões da cidade do Rio de Janeiro, além de aturar em Nova Iguaçu, Queimados e Seropédica, municípios vizinhos da capital fluminense. Eles ameaçavam comerciantes das regiões que controlavam e Tandera chegou a adotar vários disfarces para não ser encontrado pela polícia.
Operação Epilogue
A Operação Epilogue do MPRJ prendeu, na última quarta (3/5), seis pessoas e cumpriu 25 mandados de busca e apreensão contra integrantes da “milícia do Tandera”. A organização criminosa é acusada de extorsões, homicídios, torturas, ameaças, grilagem de terras, agiotagem, exploração ilegal de areais e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.
Créditos: Metrópoles.