Ministro da Saúde disse ainda que não quer “estar vivo para ver outra catástrofe sanitária como a Covid-19”
“Nós aqui no Brasil já vínhamos fazendo nosso dever de casa desde o primeiro rumor, desde o primeiro caso suspeito [de varíola dos macacos]”, afirmou ao citar adeclaração da OMS, que classificou a doença como situação de emergência de saúde pública global.
O ministro disse ainda que o país “preparou a estrutura [do SUS] para fazer o diagnóstico” da doença.
“Temos quatro laboratórios hoje com a capacidade de realizar o diagnóstico: o Instituto Adolfo Luther, a Funed, em Minas Gerais, a Fundação Oswaldo Cruz e o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro”, disse.
Segundo Queiroga, a doença requer atenção, mas ele disse que não quer “estar vivo para ver outra catástrofe sanitária como a Covid-19.
A iniciativa VIGIAR promove o encontro de representantes de 42 países com o objetivo de compartilhar experiências e contribuir para o fortalecimento das estruturas de vigilância nas Américas. O encontro contou a presença de representantes de Cuba, Colômbia, Guatemala, Panamá, Bolívia e outros Estados.
Discursando, Queiroga falou que “os casos são identificados e são isolados. Não há um tratamento específico, e as vacinas não são disponíveis”.
O ministro destacou que a varíola dos macacos atinge qualquer pessoa, mas “sobretudo, homens que fazem sexo com homens e essa fala não é pra estigmatizar ninguém, apenas não pode se obscurecer que essa é uma realidade”, disse.
Nos Estados Unidos, os casos entre a comunidade LGBTQIA+ preocupam as autoridades.
No Brasil, já foram confirmados mais de 800 casos da doença, de acordo com o ministério. Os casos foram registrados em São Paulo (595), no Rio de Janeiro (109), em Minas Gerais (42), no Distrito Federal (13), no Paraná (19), no Goiás (16), na Bahia (3), no Ceará (2), no Rio Grande do Sul (3), no Rio Grande do Norte (2), no Espírito Santo (2), em Pernambuco (3), em Mato Grosso do Sul (1) e em Santa Catarina (3).
O vírus da varíola dos macacos é transmitido de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.
O período de incubação é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.