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Presidente disse que estava sob efeito do medicamento quando fez publicações sobre as urnas eletrônicas
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou à Polícia Federal (PF) um documento com imagens que mostram que o ex-chefe do Executivo estava sob efeito de morfina quando fez uma publicação sobre as urnas eletrônicas nas redes sociais. Isso ocorreu em janeiro deste ano.
Na quarta-feira 26, o ex-presidentedepôs à PF por cerca de duas horas sobre o caso do inquérito que apura os atos de vandalismo do 8 de janeiro.
Nos documentos entregues à corporação, os advogados anexaram uma foto em que Bolsonaro ainda estava internado num hospital dos Estados Unidos. Também anexaram uma imagem do laudo e da receita médica com prescrição de morfina. Os anexos são de 9 de janeiro, período anterior à publicação.
De acordo com a defesa, Bolsonaro queria enviar a publicação para um grupo particular no WhatsApp. Mas, por efeito da medicação, confundiu-se e compartilhou no Facebook. O documento afirma que o ex-presidente tem o costume de enviar “postagens que lhe interessam para o seu WhatsApp particular, para posterior visualização”.
Na saída da PF, depois do depoimento, o assessor de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, defendeu a tese de que o ex-presidente estava sob efeito de remédios. “Em nenhum momento o presidente fez qualquer juízo de valor sobre o conteúdo do vídeo”, alegou. “O presidente recriminou todo e qualquer ato antidemocrático, que visa a gerar instabilidade na ordem democrática. Isso está consignado no depoimento de hoje.”
Veja as fotos anexadas ao documento entregue pela defesa de Bolsonaro
Revista Oeste