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A decisão dos Estados Unidos de pedir ao Brasil a extradição do espião russo Sergey Cherkasov vai abrir uma complicada encruzilhada com a qual o governo Lula terá de lidar nos próximos meses.
O pedido foi feito pelas autoridades americanas ao governo brasileiro nesta semana e será submetido ao ministro Edson Fachin, encarregado do caso no Supremo Tribunal Federal. Depois, caberá ao presidente da República a decisão final.
Fachin já tem em mãos outro pedido de extradição, feito pelo governo Rússia sob o argumento de que Cherkasov é um criminoso comum condenado no país de Vladimir Putin.
Ocorre que as autoridades brasileiras — incluindo Fachin, que já foi exaustivamente informado sobre o caso pelos órgãos de inteligência — sabem que o argumento russo é redondamente falso.
A história de que se trata de um criminoso comum já condenado pela justiça na Rússia é uma conhecida estratégia de Moscou, já usada em outros casos, para tentar levar de volta para casa espiões pilhados em ação no exterior.
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