Nesta quarta-feira (26), a Embaixada de Israel no Brasil, criticou a declaração do presidente Lula (PT) sobre a criação de Israel, durante visita à Espanha. O chefe do Executivo brasileiro teve a infelicidade diplomática de fazer a descabida colocação justamente no dia em que se comemora a Independência de Israel.
Na ocasião, Lula criticou frontalmente a Organização das Nações Unidas (ONU), voltou a relativizar a responsabilidade acerca da guerra na Ucrânia, mesmo após ter condenado a “violação” do território ucraniano. O petista disse que a ONU criou o Estado de Israel, mas não conseguiu criar o Estado palestino.
– A ONU era tão forte que, em 1948, conseguiu criar o Estado de Israel. Em 2023, não consegue criar o Estado palestino – declarou.
Lamentamos ouvir a declaração do Presidente Lula dizendo que a ONU criou Israel, mas não conseguiu criar um Estado Palestino. A verdade é o contrário e é importante olhar para os fatos históricos.
Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia da ONU votou uma proposta para dividir o território do mandato britânico em dois estados: judeu e árabe. À frente da reunião da Assembleia das Nações Unidas estava o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha. Os judeus – a liderança de cerca de 600 mil pessoas que viviam na área do mandato – concordaram. Os árabes que viviam na área do mandato e os países árabes vizinhos não aceitaram a decisão e lançaram um ataque às aldeias e cidades judaicas e ao estado recém-fundado. Na guerra que nos foi imposta, vencemos e estabelecemos um Estado – o Estado de Israel. A ONU deu a oportunidade do estabelecimento de um Estado Árabe/Palestino em 1947. Os árabes tiveram a oportunidade de estabelecer um estado e o rejeitaram, provavelmente pensando que derrotariam Israel e estabeleceriam um estado em todo o território do mandato britânico relevante.
Quando os palestinos receberam território e governo independente na Faixa de Gaza em 2005, eles escolheram investir o dinheiro internacional que receberam e seus esforços para construir um sistema militar ofensivo contra Israel, e não, por exemplo, no desenvolvimento de infraestrutura e construção de instituições para o bem-estar de seus residentes.
Há uma longa disputa territorial entre Israel e os palestinos, e a decisão sobre o futuro dos territórios disputados deve ser resolvida por meio de negociações bilaterais. Alguns palestinos recorrem a métodos violentos e terroristas na tentativa de alcançar uma solução para a disputa e, portanto, Israel é forçado a agir contra eles e, portanto, a vida de muitos de seus irmãos palestinos é pior do que poderia e deveria ser.
A única forma de resolver a questão é por meio da negociação e não pela violência ou por declarações historicamente infundadas.