REPRODUÇÃO/CÂMARA DOS DEPUTADOS – ARQUIVO
Deputados evangélicos pediram alterações ao relator da proposta para garantir liberdade religiosa
O relator do projeto de lei que vai regulamentar as plataformas digitais, conhecido como PL da Liberdade de Expressão, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), acatou as mudanças propostas pela bancada evangélica para o texto. Ele garantiu que quem professa a fé cristã será completamente contemplado pelo PL 2.630/2020.
Os deputados evangélicos pressionaram, às vésperas da votação, pela retirada de um trecho que tratava de “combater discursos violentos baseados em discriminações”. Eles argumentaram que essa parte poderia barrar conteúdos religiosos.
“Todas as preocupações da bancada evangélica foram atendidas. Todas as expressões que geravam dúvidas foram suprimidas, de modo que haja total conforto para quem professa a fé e acredita nos valores cristãos. Eles terão total confiança na votação do texto que vamos apresentar. Estou muito feliz, foi uma reunião muito produtiva. O novo relatório será muito bem acolhido pela bancada evangélica”, afirmou Silva ao R7 e à Record TV, após reunião com os parlamentares evangélicos.
O relator deve apresentar o novo formato do PL nesta quinta-feira (27). A matéria deve ser votada no plenário na próxima terça (2). “A reunião foi excelente. Aprovaremos um texto que garante liberdade de expressão, de crença e de culto nos meios digitais, para que haja mais segurança na internet, inclusive para a prática religiosa”, explicou.
Orlando Silva tem percorrido reuniões de diversas bancadas para ampliar o apoio e garantir a aprovação da proposta pela Câmara dos Deputados. Com os parlamentares da bancada evangélica, a tarefa foi esclarecer os pontos considerados sensíveis para os deputados.
“Tivemos a oportunidade de ler juntos o texto e mostrar que não há nenhum risco à liberdade de expressão, de culto, de crença e à liberdade religiosa. Foram apresentadas várias sugestões para o texto, que foi modificado. Incorporei mudanças e suprimi expressões, acrescentei sugestões, e acredito que agora eles avaliem o texto que vai ser apresentado, e a expectativa é que possamos produzir mais convergências”, completou Silva.
Redes sociais
As redes sociais ganham muito dinheiro com o que os usuários produzem. Quando esse conteúdo é questionado por conter informação falsa ou, muitas vezes, criminosa, as plataformas alegam que são apenas empresas de tecnologia.
A postura é contraditória, posto que a principal fonte de renda das plataformas é a publicidade — a mesma publicidade que é veiculada em emissoras de rádio e televisão, por exemplo.
No entanto, na mídia tradicional, se uma informação incorreta é divulgada, as empresas são responsabilizadas e respondem judicialmente. Essa é uma das injustiças que o projeto de lei pretende corrigir.
R7