Ser investigado não é uma novidade na vida do prefeito de Araucária, Hissam Hussein Dehaini, agora na mira do Ministério Público do Paraná por causa de seu casamento com uma menina de 16 anos e da indicação da mãe da jovem para um cargo de secretária no município.
Em seu segundo mandato à frente da cidade paranaense, ele já foi alvo da Justiça como pessoa pública e também como empresário. Na sua ficha, estão duas prisões durante a CPI do Narcotráfico, uma detenção após Operação da Polícia Federal que investigava licitações fraudulentas e outros casos de nepotismo investigados na prefeitura nos últimos anos.
Envolvimento com tráfico
Investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico, entre o início dos anos 1990 e início dos 2000, Hussein foi indiciado por envolvimento com tráfico de drogas, furto e desmanche de veículos, concussão, extorsão, corrupção ativa e passiva. Na época, era apontado como empresário do ramo de hotéis e agência de carros.
Em uma das chácaras de sua propriedade, Hussein teria uma pista de pouso para helicópteros e um laboratório para o refinamento de cocaína, o que foi negado por ele com a justificativa de que operava uma empresa de transporte aéreo.
Em março de 2000, foi preso por 60 dias pela Polícia Federal, a pedido da CPI nacional. Voltou a ser detido sete meses depois, em outubro de 2000, na fase paranaense da Comissão, denunciado por tráfico de drogas, proteção a traficantes e pagamentos a policiais.
O Globo