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O laudo médico feito por um profissional de saúde do governo do Distrito Federal neste mês aponta que o ex-ministro Anderson Torres teve “piora significativa” de seu quadro psiquiátrico.
O médico diz que, desde que Torres passou a ter acompanhamento, desde 17 de janeiro “houve piora significativa do estado geral do paciente, com perda de peso, mais ou menos dez quilos, aumento da frequência e intensidade das crises de ansiedade seguidas de crises de choro e nervosismo intenso acompanhada de preocupação intensa em relação às suas filhas menores”.
No documento, o médico afirma que fez “várias intervenções e ajustes de medicamentos com o intuito de reduzir consequências deletérias das crises (como risco de suicídio)”, mas afirma que “houve resposta insatisfatória terapêutica aquém do esperado”.
Além de citar os medicamentos que passaram a ser usados pelo ex-ministro desde sua prisão, em 14 de janeiro, o profissional de saúde do GDF relata queixas apresentadas por Anderson Torres nos últimos meses, como “sensação de desconforto e angústia física, pressão na cabeça associada a sintomas psíquicos como nervosismo, pensamentos ruins” e “episódios de medo de insegurança relacionada a familiares”.
Nesta segunda-feira, o ex-ministro da Justiça vai completar 100 dias preso no 4o Batalhão da Polícia Militar, no Gama, no Distrito Federal.
Na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve a prisão de Torres, mesmo com manifestação favorável do Ministério Público Federal para que ele fosse solto. Entre os dados levados em conta pelo MPF estão as informações do laudo médico citadas anteriormente.
Torres está preso por suposta omissão durante manifestações do 8 de janeiro, enquanto era secretário de Segurança do DF. Nesta segunda-feira, foi marcado o depoimento dele à Polícia Federal no caso que investiga sua atuação em bloqueio ilegais feitos pela Polícia Rodoviária Federal no segundo turno da eleição.
Créditos: O Globo.