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Partidos alegam que o ex-ministro do GSI se omitiu de tomar providências para proteger o Palácio do Planalto durante os atos de 8 de janeiro
Partidos de oposição apresentaram um pedido para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias por prevaricação.
A alegação é que o ex-ministro se omitiu do seu dever de adotar providências necessárias para a salvaguarda e a proteção do Palácio do Planalto durante os atos criminosos de 8 de janeiro em Brasília.
O Código Penal define como crime de prevaricação “retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”.
Na avaliação dos oposicionistas, a conduta de Gonçalves Dias durante a invasão permitiu que danos fossem cometidos contra o Palácio quando poderia ter adotado medidas para evitar as depredações.
Na quarta-feira (19), a CNN divulgou imagens exclusivas que mostram o general Gonçalves Dias dentro do Palácio do Planalto durante a invasão do prédio em 8 de janeiro.
Horas depois da revelação dos vídeos, Dias pediu demissão do cargo. Após a saída, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, foi anunciado como ministro interino.
Depoimento
Nesta sexta-feira (21), Gonçalves Dias prestou depoimento à Polícia Federal.
Segundo fontes da CNN, o ex-ministro respondeu a todas as perguntas feitas pela PF e disse que não tem responsabilidade sobre os crimes que ocorreram durante o ataque aos Três Poderes. Ele também teria afirmado que não foi omisso e que agiu para impedir os atos.
O depoimento durou cerca de quatro horas e meia e ele deixou o local sem falar com a imprensa.
CNN Brasil