foto: Raphael Ribeiro
A posição do presidente do Banco Central e a importância da tomada de decisões técnicas para evitar riscos financeiros
Nesta sexta-feira (21), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que se a taxa básica de juros da economia, a Selic, não tivesse sido elevada nos últimos anos, o país estaria enfrentando uma recessão econômica forte e a inflação atual seria de cerca de 10%, forçando o Banco Central a elevá-la para 18,75%, a fim de alcançar o mesmo objetivo.
Em um discurso na Lide Brazil Conference, em Londres, Campos Neto respondeu a uma cobrança feita pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para que o Banco Central reduza a Selic imediatamente, a fim de promover o crescimento econômico. No entanto, ele destacou que a redução da Selic deve ser feita quando houver condições econômicas favoráveis.
Campos Neto também explicou que a pressão para reduzir a taxa de juros é um “elemento político” e que a luta contra a inflação pode ter um custo alto no curto prazo, mas o custo de não combatê-la seria muito maior e duradouro. Ele afirmou que não há atuação política em sua gestão no Banco Central e que a instituição age de forma independente durante o processo eleitoral.
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