Quando o operador de esteira Arisson Moreira Júnior, de 34 anos, cumpriu com sua obrigação profissional e barrou duas bagagens suspeitas, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana, ele não podia imaginar que a conduta seria sua sentença de morte.
Dentro das malas, entregues pelo aeroportuário à Polícia Federal (PF), em 9 de janeiro de 2020, havia 60 quilos de cocaína, que seriam remetidos para a Europa. Lá, poderiam render até R$ 30 milhões ao Primeiro Comando da Capital (PCC), responsável pelo esquema de tráfico de drogas.
A facção chega a pagar o equivalente a um ano de salário por bagagem para funcionários que contribuem com os despachos ilegais.
O operador trabalhava na esteira de embarque do Terminal 2, de voos nacionais (domésticos), quando avistou duas malas, com destino a Porto Alegre (RS), mas com etiquetas de um voo internacional, segundo denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Metropoles