Foto: José Cruz/Agência Brasil
O deputado federal André Fernandes (PL-CE) criticou o fato de o senador mineiro adiar a sessão do Congresso
O deputado federal André Fernandes (PL-CE), autor da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, disse que a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de adiar a primeira sessão do Congresso mostra um “presidente fraco” e que “não tem palavra”.
“É um desrespeito com o Parlamento, com o Senado e com a Câmara”, disse Fernandes a Oestenesta terça-feira, 18. “Não tem outra solução que não seja obstruir totalmente. Não votaremos nada até que aconteça a sessão do Congresso.”
Agora André Fernandes está levando à oposição a sugestão de obstrução das pautas no Congresso. O parlamentar acredita que, se a oposição não fizer nada, Pacheco vai adiar a sessão novamente.
Para ele, o presidente da Casa pode, até mesmo, antecipar o ato da leitura se quiser. Mas isso depende do posicionamento da oposição. “Teve acordo para que a sessão do Congresso acontecesse hoje”, contou. “Agora o governo amanheceu recuando. Eles mentem e não cumprem nada.”
Inicialmente, Pacheco havia marcado a sessão para hoje às 12 horas. Contudo, ele cedeu à pressão dos líderes governistas do Congresso para adiar o ato para a quarta-feira 26.
A briga para adiar a sessão
Nesta madrugada, seis líderes da Câmara pediram a Pacheco que adiasse a sessão do Congresso, em razão de um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN). Trata-se do PLN em regime de urgência que garante o pagamento do piso nacional da enfermagem.
Horas depois, mais de dez líderes do Congresso reagiram ao pedido e solicitaram que Pacheco mantivesse o ato previsto para hoje. O ato, contudo, não teve peso na descisão do presidente da Casa.
A ideia do governo é adiar por mais uma semana a sessão para convencer mais parlamentares a retirarem as assinaturas da CPMI. Desse modo, no dia do ato, o requerimento já não teria o número mínimo de assinaturas — de 171 deputados federais e de 27 senadores. Até o momento, a CPMI possui o apoio de 194 deputados e de 37 senadores.