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A fundadora da agência de checagem Lupa, Cristina Tardáguila, publicou um artigo com críticas à agência de checagem do governo Lula. A gestão petista criou uma espécie de “Ministério da Verdade” na Secretaria de Comunicação (Secom) ao lançar um órgão para rebater supostas fake news.
“Não é apenas uma péssima ideia, por tentar igualar propaganda governamental ao instrumento que foi criado justamente para vigiá-la”, observou Cristina. “É também um movimento perigoso que acontece em meio a outras possíveis mudanças no terreno em que a luta contra a desinformação se dá.”
Publicado em 31 de março, o texto diz ainda que a iniciativa faz Lula navegar em “terrenos pantanosos”.-Publicidade-blob:https://terrabrasilnoticias.com/8231bc6d-108d-4dad-ab09-70da6914cdd6
Cristina elenca uma série de critérios que, segundo ela, fazem parte de um código de conduta dos checadores. “A IFCN exige que aqueles que pretendem fazer checagem tenham uma política pública de correção (para se/quando errarem) e que não sejam partidários”, disse. “Ou seja: fact-checking de governo é um paradoxo. Simplesmente não existe.” Em outro momento, a fundadora da Lupa afirma que esse instrumento é usado por “governos pouco democráticos”.
A mulher havia tuitado outra crítica ao governo, mas resolveu apagar depois de uma conversa com a Secom. “Vem aí uma ação para claramente diferenciar o que o governo oferece daquilo que os checadores fazem”, anunciou Cristina, embora sem muitos detalhes, ao agradecer o ministro da Secom, Paulo Pimenta. “Apaguei os tuítes anteriores. Tudo o que os desinformadores querem é que haja desentendimento entre as forças que os expõem.”
Revista Oeste