Foto: Pedro Teixeira/Infoglobo
Político havia sido condenado pelo juiz Marcelo Bretas por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa
O ex-governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão foi absolvido das acusações da operação Lava-Jato, nesta quarta-feira, pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). Ele havia sido condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa pelo juiz Marcelo Bretas, em 2019.
Pezão chegou a ficar preso durante um ano por acusações de integrar um esquema de corrupção chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral, de quem foi vice. Ele foi detido em novembro de 2018, quando faltava cerca de um mês para concluir o mandato, e solto em dezembro de 2019 por decisão Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em fevereiro deste ano, Bretas foi afastado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por suspeita de direcionar processos, combinar sentenças e conduzir apurações. Nesta terça, a primeira turma do TRF-2 decidiu por maioria de votos absolver o ex-chefe do Palácio Guanabara das acusações.
— Sempre confiei na Justiça, saímos da espetacularização da franquia da Lava-Jato do Rio de Janeiro — disse Pezão ao GLOBO, após a decisão.
Em nota, a defesa do político feita pelo escritório Mirza & Malan afirmou que as denúncias contra ele feitas pelo Ministério Público Federal (MPF) foram baseadas em “delações mentirosas”.
“Trata-se de decisão que resgata a dignidade e honra do ex-governador, que teve seu mandato precocemente interrompido e ficou mais de um ano injustamente preso, com base em delações mentirosas e ilações do Ministério Público Federal. Ganham a democracia e o Estado de Direito”, afirmam no texto os advogados.
Com a absolvição, Pezão ganha tração em seu processo de reabilitação política. Ele já vem atuando nos bastidores como consultor informal de políticos e não descarta disputar novamente a prefeitura de sua cidade natal, Piraí, no interior do Rio de Janeiro, onde voltou a morar após sair da prisão.
O Globo