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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega ao 100º dia de seu terceiro mandato nesta segunda-feira (10) sob sinais ruins dos principais indicadores financeiros: os investidores deixam ainda um pé atrás no aguardo de ações mais concretas da política econômica.
O Ibovespa, por exemplo, que chegou a recuperar os 114 mil pontos em janeiro, afundou de volta para perto dos 100 mil pontos nos últimos dias, faixa em que não encostava desde julho do ano passado.
“A apresentação do marco fiscal era o que estava demorando e causando apreensão e, mesmo que não tenha o melhor dos formatos, certamente ajudou, mostrando um reflexo nítido na curva de juros”, disse o economista-chefe da Inifinity Asset, Jason Vieira.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou no fim de março as bases da prometida e aguardada regra que deve substituir o teto de gastos como mecanismo de controle do aumento das despesas e da dívida pública.
“Mas os indicadores ainda estão oscilando bastante”, acrescenta Vieira. “Quando o governo começou, houve boa vontade dos investidores; a bolsa subiu, houve um fechamento da curva de juros. Mas os mercados reagiram, depois, aos sinais do próprio governo de que não queria reformas e que poderia até reverte-las, além dos ataques a instituições como o Banco Central.”
Pior Ibovespa desde FHC
No ano, o Ibovespa acumula queda de 7,9%, considerado o fechamento até 5 de abril. O desempenho vai na contramão do que acontece no exterior. O S&P 500, por exemplo, um dos principais índices das bolsas americanas, avançou 6,8% no mesmo período.
Foi um dos poucos momentos em que a bolsa brasileira descolou da tendência externa e é o seu pior desempenho para um começo de governo desde o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, em 1995.
G1