Foto: NASA/ESA/CSA/STScI/Webb ERO Production Team.
Cientistas chineses planejam construir o “maior telescópio submarino” de neutrinos (uma partícula subatômica, como o elétron, que não tem carga magnética) do mundo. A intenção oficial é buscar a origem da radiação cósmica. O projeto foi anunciado pelo jornal South China Morning Post nesta semana.
O jornal relatou que os locais em que o telescópio deverá ficar são o Lago Baikal, na Sibéria, ou o Mar do Sul, da China. “O gigantesco observatório terá mais de 55 mil detectores ao longo de 30 quilômetros cúbicos buscando vestígios de neutrinos cósmicos, minúsculas partículas subatômicas fantasmagóricas que carregam mensagens-chave do Universo distante”, informa o artigo.
O custo é estimado em US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão). O telescópio vai se juntar às instalações existentes, como o Observatório de Neutrinos IceCube, no Polo Sul, e o Observatório de Grande Altitude no Tibete, para depois identificar as fontes das partículas de energia.
De acordo com o cientista chinês Cao Zhen, os raios cósmicos nascem de “processos catastróficos” do Universo, como uma explosão de supernova, colisão entre galáxias ou um buraco negro supermaciço que vomita jatos de materiais no espaço.
Como os raios cósmicos consistem principalmente de partículas carregadas eletricamente, elas são desviadas por campos magnéticos à medida que varrem o Universo. Zhen disse que apenas neutrinos podem ser usados para localizar fontes de radiação.
Os neutrinos raramente interagem com a matéria comum, portanto, a melhor maneira de capturá-los é construir grandes detectores em água limpa ou gelo transparente.
Créditos: Revista Oeste.