Foto: Adriano Machado/O Antagonista
Ministro da Fazenda afirmou que muitas companhias usam “expedientes ilegítimos” para não serem tributadas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto), disse hoje que ogoverno estuda tributar até 500 empresas que têm “superlucros” e não pagam impostos. O petista deu a declaração em entrevista à BandNews. O ministro ainda reafirmou que o Planalto não tem intenção de criar novos tributos ou aumentar alíquotas existentes.
“Estamos falando de quem não paga. Hoje, quem não paga são as maiores empresas brasileiras. […] Estamos falando de grandes empresas, que têm superlucros. De 400 a 500 [empresas] com superlucros, que, com expedientes ilegítimos, fizeram constar no sistema tributário que é indispensável, como subvencionar o custeio de uma empresas que está tendo lucros. Se uma empresa está tendo lucro, por que o governo vai entrar com dinheiro subvencionado essa empresa?”, afirmou Haddad, referindo-se a incentivos fiscais concedidos por estados à empresas, via ICMS, que podem abater esse crédito da base de cálculo de impostos federais.
O ministro alega que hoje há cerca de R$ 400 bilhões a R$ 500 bilhões que o Estado deixa de arrecadar. No entanto, Haddad ponderou que o governo não pretende mexer em parte desse montante, que corresponde, por exemplo, às Santas Casas ou à Zona Franca de Manaus.
Haddad disse também que o novo arcabouço fiscal resultará na queda da taxa de juros, atualmente em 13,75% ao ano. “Se as contas estiverem em ordem, não tem porque existir juros tão altos”, afirmou.
O Antagonista