Atleta, acusado de atropelar e matar um motociclista na manhã de sexta (22), em Bragança Paulista, vai responder ao processo em liberdade, mediante pagamento de fiança, no valor de 200 salários mínimos, equivalente a R$ 242 mil
A justiça concedeu liberdade provisória ao zagueiro Renan, do Red Bull Bragantino, acusado de atropelar e matar um motociclista na manhã de sexta-feira, 22, em Bragança Paulista. A decisão foi anunciada pelo juiz Fábio Camargo, em audiência de custódia realizada neste sábado, 23.
Segundo o que foi apurado pelo repórter Lucas Rangel, da TV Vanguarda, o atleta terá que pagar fiança, no valor de 200 salários mínimos, equivalente a R$ 242 mil, além de ter que comparecer em todos os atos do processo. Ele também foi proibido de frequentar bares e casas de shows. Também foi imposto um prazo de 72 horas para que o jogador entregue seu passaporte à Polícia Federal.
O zagueiro de 20 anos vai responder por homicídio culposo na direção de veículo automotor – quando não há intenção de matar – com os agravantes de dirigir sob influência de álcool e não ser habilitado para dirigir. Durante o período de permissão da CNH, ele cometeu uma infração grave e perdeu a habilitação.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, a pena inicial para quem pratica homicídio culposo na direção de veículo automotor é de dois a quatro anos.
Apesar disso, no caso de Renan, a pena pode ser aumentada e chegar a dez anos. Isso por causa das qualificadoras apontadas pela Polícia Civil por dirigir sob influência de álcool e não ser habilitado para dirigir.
Entenda o caso
Renan foi preso pela Polícia Civil após se envolver em um acidente de trânsito com morte na manhã desta sexta-feira, 22, em Bragança Paulista.
A Polícia Rodoviária Estadual informou que o zagueiro não tinha CNH definitiva e que estava com a permissão para dirigir suspensa.
Os policiais que atenderam a ocorrência disseram que o zagueiro apresentava sinais de embriaguez e odor etílico, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro. Na delegacia, o jogador também se negou a passar pelo exame de sangue e se manteve calado. Por isso, a embriaguez ao volante não foi comprovada, apenas a ingestão de bebida alcoólica.
Uma garrafa de bebida foi encontrada ao lado do carro do jogador e passou por perícia para verificar se havia as digitais do atleta.
O acidente envolvendo o carro de Renan e um motociclista aconteceu por volta das 6h40 na altura do Km 47 da Rodovia Alkindar Monteiro Junqueira.
Informações preliminares apontam que o veículo conduzido pelo jogador teria invadido a faixa contrária e bateu de frente em uma motocicleta. O motociclista de 38 anos morreu no local. Ele deixa esposa e duas filhas.