Em 2025, Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, vive um período de obras intensas que mudou a paisagem e a rotina do bairro. Máquinas, desvios de circulação e novas sinalizações passaram a fazer parte do cotidiano de quem se desloca pela região, sobretudo nas imediações da Estrada da Posse e do Morro Luiz Bom, onde o Anel Viário de Campo Grande é tratado como peça-chave para reorganizar o trânsito local e melhorar a ligação do bairro com outras áreas da cidade.
O que é o Anel Viário de Campo Grande?
O Anel Viário de Campo Grande é um sistema de vias, túneis e estruturas de passagem criado para contornar trechos com congestionamentos e conflitos entre veículos e pedestres. Em vez de concentrar o fluxo em poucas avenidas, o projeto distribui a circulação por um traçado em forma de “anel”, conectando diferentes pontos do bairro.
Nesse desenho, o Morro Luiz Bom passa a ser atravessado por um túnel, somado a um mergulhão entre a Estrada do Monteiro e o viaduto Alim Pedro, sob a Avenida Cesário de Melo. Assim, motoristas deixam de depender apenas de cruzamentos de superfície, reduzindo paradas em sinais, travessias e pontos de ônibus.
Quais são as principais características técnicas do Anel Viário?
Algumas informações ajudam a entender a dimensão da intervenção e o papel do Anel Viário no plano de mobilidade da Zona Oeste. Esses dados também orientam expectativas de moradores, comerciantes e usuários do transporte público.
- Objetivo central: redistribuir o tráfego e aliviar gargalos tradicionais de Campo Grande.
- Extensão aproximada: 5,7 km de novas conexões e vias requalificadas.
- Investimento previsto: cerca de R$ 286 milhões aplicados na região.
- Estruturas principais: túnel no Morro Luiz Bom e mergulhão sob a Avenida Cesário de Melo.
Como o trânsito está sendo alterado pelas obras?
Para viabilizar o túnel e seus acessos, um trecho da Estrada da Posse foi bloqueado temporariamente, exigindo o uso de uma pista paralela construída para absorver o fluxo. A CET-Rio coordena o desvio com sinalização provisória, agentes em cruzamentos estratégicos e ajustes de semáforos em vias próximas.
Pedestres também enfrentam mudanças em rotas habituais, com travessias remanejadas para afastar a circulação de áreas de risco próximas a máquinas e materiais. Com o avanço do canteiro, o arranjo é revisado com frequência, o que torna essencial a atenção às placas, faixas e orientações de operadores de trânsito.
Para visualizar como estão as obras e entender o traçado do Anel Viário, veja as atualizações das obras no vídeo divulgado pelo Vice-Prefeito do Rio, Eduardo Cavaliere em seu Instagram, que já soma mais de 1,2 mil curtidas:
Quais são os impactos do Anel Viário de Campo Grande?
Na fase de obras, motoristas lidam com aumento de tempo em alguns trajetos, rotas alteradas e necessidade de adaptação à nova dinâmica. Pedestres convivem com passagens mais estreitas, ruído, circulação intensa de caminhões e mudanças pontuais em pontos de ônibus.
Após a conclusão, a expectativa é de redução de congestionamentos em corredores como a Avenida Cesário de Melo e a Estrada do Monteiro, além de deslocamentos mais rápidos até a Avenida Brasil. Também são previstos ganhos de segurança viária, com cruzamentos redesenhados, calçadas niveladas, melhor drenagem e implantação de ciclovias que estimulem a mobilidade ativa.
Como o Anel Viário de Campo Grande afeta o comércio?
Durante a execução das obras, lojas, bares, mercados e serviços próximos às interdições enfrentam mudanças de acesso, variação na circulação de clientes e, em alguns casos, ajustes de horários. A presença do canteiro de obras altera o fluxo de caminhões de carga e de transporte coletivo na região.
No médio e longo prazo, a melhora na acessibilidade pode aumentar o volume de pessoas e veículos circulando por Campo Grande, favorecendo a chegada de novos empreendimentos. Assim, o Anel Viário de Campo Grande tende a reorganizar deslocamentos diários, relações de trabalho e o uso do espaço urbano em toda a Zona Oeste do Rio de Janeiro.