Foto: Agência Senado
O Ministério da Educação (MEC) deve suspender uma portaria que dava prazos para alterações no ensino médio do País. Com isso, fica adiada a adaptação do Enem. O motivo: o presidente Lula (PT) descobriu que uma canetada não seria o suficiente. O Congresso precisaria apreciar e opinar sobre uma eventual mudança, assim como foi para aplicar o Novo Ensino Médio.
Ou seja, as escolas públicas e privadas vão continuar a oferecer o currículo flexível, com os chamados itinerários formativos (percursos de estudo) escolhidos pelos alunos, uma das principais tônicas da reforma. Além dessa mudança na grade de disciplinas, era prevista uma adaptação do Enem 2024 a esse novo ensino médio.
Em entrevista recente ao Diário do Nordeste, do sistema Verdes Mares, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta segunda-feira (3), que vai suspender as mudanças no Enem.
“Não é só simplesmente chegar e revogar. É preciso discutir. É isso que precisamos fazer. Espero que nesses 90 dias da portaria, a gente possa ter uma decisão e deveremos suspender qualquer mudança no Enem em relação a 2024 por conta dessa questão do novo ensino médio”, disse.
Há duas semanas, Lula disse nas redes sociais que o ensino médio não ia “ficar do jeito que está”. Um novo texto para substituir o da portaria, que era de julho de 2021, estaria sendo elaborado nesta semana pelo MEC.