A duplicação da BR-116 entre Guaíba e Pelotas, no Rio Grande do Sul, entrou em uma fase decisiva e supera 85,2% de execução física, com previsão de conclusão integral até 2026, caso não haja novas interrupções de financiamento, o que impacta diretamente a segurança viária, a logística de cargas e o desenvolvimento econômico regional e nacional.
Por que a duplicação da BR-116 entre Guaíba e Pelotas virou demanda histórica?
A duplicação da BR-116 entre Guaíba e Pelotas começou a ser estruturada nos anos 2000, com estudos para reduzir acidentes e aumentar a fluidez em cerca de 211,2 quilômetros. O avanço do agronegócio, da indústria e do porto de Rio Grande intensificou o tráfego de caminhões em uma rodovia majoritariamente de pista simples.
Ao longo do tempo, as obras enfrentaram entraves como trocas de empreiteiras, readequações contratuais, disputas judiciais e restrições orçamentárias. Em segmentos prioritários, o Exército Brasileiro assumiu trechos específicos, permitindo entregas parciais e a transição lenta de pista simples para um corredor em transformação.
Qual é a situação atual da duplicação da BR-116 entre Guaíba e Pelotas?
Em 2025, a duplicação entre Guaíba e Pelotas supera 85% de execução, chegando perto de 86% em alguns levantamentos, com mais de 180 quilômetros já operando em pista dupla. A extensão total em intervenção é de pouco mais de 200 quilômetros, o que indica estágio avançado, mas ainda não definitivo.
Além da segunda pista, o projeto inclui obras complementares essenciais para o funcionamento seguro do corredor e a integração com áreas urbanas ao longo da rodovia, melhorando o fluxo local e o tráfego de longa distância, confira:
- Travessias urbanas com ruas laterais para separar trânsito local e de passagem;
- Retornos e acessos organizados para reduzir conflitos e manobras perigosas;
- Pontes e viadutos sobre cursos d’água e ferrovias para eliminar cruzamentos críticos;
- Passarelas para pedestres em áreas densamente povoadas e de tráfego intenso.
A seguir, confira uma tabela com todas as etapas e situações atuais da duplicação:
| Etapa da duplicação | Situação atual |
|---|---|
| Extensão total em obras | Cerca de 211,2 km |
| Trechos já duplicados | Mais de 180 km |
| Execução física total | Acima de 85% |
| Pista dupla em operação | Maioria do trajeto |
| Obras complementares | Em andamento |
| Pontes e viadutos | Parte concluída, parte em execução |
| Travessias urbanas | Implantação gradual |
| Previsão de conclusão | Até 2026 |
Quando a duplicação da BR-116 deve terminar e de que depende esse prazo?
A previsão trabalhada por órgãos federais e equipes técnicas aponta o fim de 2026 como horizonte para concluir a duplicação entre Guaíba e Pelotas. Esse prazo considera o ritmo atual das frentes de serviço, os contratos vigentes e as metas do Novo PAC para infraestrutura rodoviária.
No entanto, o histórico de interrupções mostra que o cronograma depende de fatores externos à engenharia. Manutenção do fluxo de recursos, estabilidade contratual, solução de desapropriações, licenciamento ambiental e avanço em pontes e viadutos complexos são pontos que ainda podem influenciar o prazo final.
Quais são os principais impactos da duplicação para motoristas e para a economia gaúcha?
A BR-116 é um dos principais corredores de ligação entre polos industriais, áreas agrícolas e o porto de Rio Grande, com volume expressivo de caminhões e veículos leves. A duplicação tende a reduzir colisões frontais, diminuir riscos em ultrapassagens e encurtar o tempo de viagem entre a Região Metropolitana de Porto Alegre e o sul do estado.
No campo logístico, a segunda pista melhora o escoamento de grãos, insumos industriais e produtos de exportação, reduzindo filas em períodos de safra. Para moradores de cidades cortadas pela rodovia, travessias mais seguras e acessos reorganizados interferem positivamente na dinâmica urbana e na qualidade de vida.
Confira a seguir, imagens e parâmetros da duplicação divulgados no Instagram oficial do DNIT, que já conta com mais de 124 mil seguidores:
Quais desafios ainda existem e quais são as perspectivas para o corredor logístico sul?
Mesmo com grande parte da duplicação encaminhada, trechos urbanos complexos ainda exigem desapropriações, sistemas de drenagem robustos e passarelas, o que demanda planejamento cuidadoso. Obras de arte especiais, como grandes pontes e viadutos, concentram riscos de atraso por questões técnicas e ambientais.
Após a conclusão, a manutenção da BR-116 será determinante para preservar segurança e conforto, com atenção a pavimento, sinalização, defensas e iluminação. A rodovia tende a se articular a outros projetos no estado, reforçando o corredor logístico sul e abrindo espaço para debates sobre concessões, pedágios e integração com ferrovias e outras rotas estratégicas.