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Este domingo (2.abr) é Dia Mundial da Conscientização do Autismo. E um estudo, realizado nos Estados Unidos, mostrou que 87% das crianças com autismo correm o risco de ter deficiência motora. Mas a boa notícia é que as atividades físicas podem ajudar nesse desenvolvimento.
Marcos Izeckson, de 16 anos, tem transtorno do espectro autista, um distúrbio neurológico que afeta dois milhões de brasileiros. Desde os quatro anos de idade, ele frequenta a academia para ajudar na coordenação dos movimentos e, também, estimular a fala. A mãe de Marcos, Sônia Izeckson, fala com alegria sobre os avanços do filho, conquistados com os exercícios. “Eu esperei dez anos para ver o filho aprender a andar de bicicleta. Agora ele está aprendendo”, diz.
João Marcelo Farias, de 11 anos, também evoluiu com a ajuda dos professores. “Ele era uma criança que não falava, tinha um andar sem equilíbrio, não conseguia caminhar alguns passos e já caia. Agora, a autoestima melhora a cada ano”, comemora a mãe de João, Jane Farias.
Os treinos são definidos de acordo com os objetivos de cada um, exatamente como acontece com os outros alunos em uma academia. “Assim como um profissional na sala de musculação trata os alunos de maneira diferente, aqui nós temos os nossos com suas questões”, conta o fisioterapeuta Reinaldo Monteiro Júnior, que trabalha com crianças autistas no Rio de Janeiro.
Nos Estados Unidos, o número de autistas cresceu muito nas últimas décadas. Em 1970, havia um caso para cada dez mil crianças. No ano passado, foi diagnosticado um para cada 44 crianças. No Brasil, o censo escolar identificou, em 2021, um aumento de 280% no número de estudantes com autismo no país.
Segundo o psiquiatra Bruno Pascale, o diagnóstico começa a partir dos três anos de idade. “Mas pode se estender, inclusive, em qualquer faixa etária, incluindo adultos, crianças, adolescentes e, também, idosos”, completa.
Na última 6ª feira (31.mar), o Vasco da Gama promoveu um amistoso para incentivar a conscientização sobre o autismo e famílias convidadas participaram da torcida autista vascaína. O objetivo, independentemente do time de coração, era promover o amor e o respeito.
Créditos: SBT.