Dois militantes do movimento Ultima Generazione (“Última Geração”, em português) colaram suas mãos no vidro que protege a pintura A Primavera, do artista italiano Sandro Botticelli (1445–1510). O ato ocorreu no principal museu renascentista do mundo, a Gallerie Degli Uffizi, em Florença, cidade da Itália.
O grupo ativista publicou nas redes sociais vídeos que mostram um homem e uma mulher colando as próprias mãos na obra, pintada há mais de 540 anos. É possível ver também uma terceira ambientalista, que ajuda a posicionar uma faixa em que está escrito “Última Geração, Sem Gás, Sem Carvão”.
Os seguranças do museu retiraram os manifestantes à força. De acordo com o jornal italiano Corriere Della Sera, o trio foi levado para a delegacia e está impedido de voltar a Florença por pelo menos três anos.
Em uma postagem no Twitter, o grupo Ultima Generazione defendeu o ato e afirmou que, “se o clima entrar em colapso, toda a civilização como a conhecemos entra em colapso. Não haverá mais turismo, nem museus, nem arte”.
Casos frequentes
Nos últimos meses, outros casos de ativistas grudando as mãos em quadros históricos repercutiram na mídia. Em julho, dois ativistas do movimento Just Stop Oil, que pede o fim de novas extrações de petróleo e gás, colaram as próprias mãos em uma pintura de Vincent van Gogh (1853-1890), como forma de protesto. A obra está exposta na Galeria Courtauld, em Londres, na Inglaterra.
Militantes do movimento ambientalista Just Stop Oil colaram as mãos na moldura do quadro A Última Ceia, do pintor Leonardo da Vinci, na Royal Academy of Arts, de Londres, no último dia 5. Sob a obra, o grupo de esquerda pichou a seguinte mensagem na cor branca: “Sem óleo novo”.
Créditos: Revista Oeste.