A recente regulamentação do Programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) e a sanção da Lei do Combustível do Futuro criaram uma nova categoria de vantagens para motoristas brasileiros. Veículos que combinam eletrificação com etanol, os chamados bio-híbridos, passaram a ter tratamento tributário diferenciado, protegendo o preço final e garantindo descontos no IPVA em diversos estados.
Como funciona o incentivo do “IPI Verde”?
A nova legislação altera a lógica de cobrança de impostos baseada apenas na potência do motor (cilindrada). Agora, a eficiência energética e a reciclabilidade do veículo determinam a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), premiando carros que poluem menos com taxas menores.
Na prática, isso torna modelos tecnológicos mais competitivos frente aos carros puramente a combustão, que tendem a encarecer. Além disso, estados como São Paulo e Minas Gerais estudam ou já aplicam isenções parciais de IPVA para modelos que se enquadram nessas regras de sustentabilidade.
Quais modelos nacionais lideram a lista de beneficiados?
A indústria nacional se apressou para se ajustar ao novo cenário, e muitos dos modelos mais recentes já foram projetados seguindo diretrizes como as da Lei do Combustível do Futuro. Nesse contexto, a tecnologia Bio-Hybrid ganhou destaque: ela combina motor flex com apoio elétrico e atende às metas de redução de emissões sem exigir grandes baterias importadas.
Confira os carros que ganham destaque e proteção de valor com as novas regras:
- Toyota Corolla e Corolla Cross: Pioneiros na tecnologia híbrida flex, mantêm incentivos máximos por usarem etanol.
- Fiat Pulse e Fastback Híbridos: As novas versões com sistema micro-híbrido (MHEV) de 12V entram na faixa de menor tributação.
- BYD Song Pro: Com a nacionalização da produção na Bahia, o modelo passa a usufruir de incentivos locais e federais.
- GWM Haval H6: A montagem em São Paulo coloca o SUV na lista de veículos elegíveis para o regime de autopeças local e benefícios fiscais.
Vale a pena trocar de carro agora?
Adquirir um veículo contemplado pelo Mover significa proteger seu patrimônio contra a desvalorização acelerada. Carros que não atendem aos novos índices de eficiência tendem a perder valor de revenda mais rápido à medida que as exigências ambientais apertam.
Além disso, a economia de combustível desses modelos, somada aos potenciais descontos de IPVA (que variam de 50% a 100% dependendo do estado), amortiza o investimento inicial. O mercado de usados já reflete essa tendência, com híbridos seminovos girando mais rápido nos estoques.
Atenção às regras estaduais de IPVA
Embora a lei federal defina o IPI, o benefício anual do IPVA depende da legislação de cada unidade federativa. É crucial verificar se o seu estado aderiu aos convênios que estendem a isenção para veículos híbridos, e não apenas para elétricos puros.
Consulte a tabela de eficiência do Inmetro e a legislação tributária do seu estado antes de fechar negócio para garantir que o modelo escolhido entrega a economia esperada.
Priorize a tecnologia para economizar no longo prazo
Avalie a compra de modelos bio-híbridos ou nacionais eletrificados para aproveitar o ciclo atual de incentivos fiscais.
- A Lei do Combustível do Futuro favorece diretamente veículos que usam etanol combinado com eletricidade.
- Carros enquadrados no “IPI Verde” sofrem menos impacto de reajustes tributários.
- A revenda futura desses modelos será facilitada pela conformidade com as normas ambientais de 2030.