A indústria automotiva atravessa sua transformação mais radical com a decisão da União Europeia de encerrar a venda de veículos a combustão até 2035. Esse movimento global pressiona montadoras tradicionais como a Chevrolet a antecipar estratégias de eletrificação, impactando diretamente o portfólio disponível para os motoristas no Brasil.
Enquanto a crise dos semicondutores ainda impõe gargalos na cadeia de suprimentos, elevando custos de produção, a corrida tecnológica não pode parar. Grandes conglomerados, incluindo a Volkswagen e a Stellantis (fusão entre Fiat e Peugeot), já reestruturam suas operações para otimizar recursos e integrar inovações digitais em parceria com startups.
Qual o destino do Onix e do Tracker nacionais?
Apesar da guinada elétrica global, a Chevrolet mantém os pés no chão quanto à realidade do mercado brasileiro a curto prazo. A fábrica de Gravataí, no Rio Grande do Sul, continua sendo o coração da produção dos modelos populares da marca, garantindo a longevidade da família Onix e do SUV Tracker.
O foco imediato para esses veículos é a modernização mecânica para aumentar a eficiência energética sem abandonar os motores atuais. As próximas atualizações do Tracker prometem entregar sistemas multimídia mais ágeis e propulsores calibrados para consumir menos combustível, alinhando-se às exigências locais de economia.
Como a marca planeja a transição para elétricos?
A eletrificação deixou de ser uma promessa distante e tornou-se um pilar central na estratégia da General Motors, dona da marca. Seguindo o rastro de concorrentes que já eletrificaram parte da frota, a empresa estuda a introdução gradual de modelos híbridos e puramente elétricos no mercado nacional.
Abaixo estão os principais pontos da estratégia de renovação da empresa para os próximos anos:
- Novos Modelos: Estudo de viabilidade para o lançamento do Spark EUV e outras plataformas globais.
- Infraestrutura: Busca ativa por parcerias locais para expandir a rede de recarga em cidades brasileiras.
- Tecnologia Híbrida: Planos para incorporar eletrificação leve em linhas populares como o Onix para reduzir emissões.
- Conectividade: Foco em aplicativos de monitoramento remoto e assistentes virtuais integrados ao painel.

Qual o desafio da infraestrutura e a concorrência?
Para que os veículos elétricos se tornem acessíveis e competitivos, a montadora entende que não basta apenas importar tecnologia. É necessário criar um ecossistema que suporte viagens longas e o uso urbano intenso, algo que a Stellantis já começou a explorar com seus modelos híbridos.
A crise de componentes ensinou lições valiosas, forçando a diversificação de fornecedores para evitar novas paralisações nas linhas de montagem. Com investimentos robustos em pesquisa e desenvolvimento, a meta é oferecer carros que conversem com o celular do proprietário e ofereçam autonomia real para as estradas do país.
Quais as perspectivas para o motorista brasileiro?
Se você planeja trocar de carro nos próximos anos, fique atento à chegada de tecnologias que misturam combustão e eletricidade. A tendência é que a Chevrolet utilize a força de sua rede de concessionárias para democratizar o acesso a essas inovações, tornando a manutenção de híbridos menos complexa do que parece.
O resumo da nova era automotiva
- Adaptação Local: Modelos consagrados continuarão em linha, mas receberão atualizações focadas em conectividade e eficiência.
- Futuro Elétrico: A partir de 2025, espera-se uma ofensiva maior com lançamentos de veículos 100% elétricos e híbridos.
- Sobrevivência Tecnológica: A marca aposta na digitalização da cabine e na segurança avançada para enfrentar a concorrência europeia e asiática.