A morte da influenciadora digital Bárbara Jankavski Marquez, conhecida como “Barbie humana”, ganhou novos contornos após os laudos periciais em São Paulo apontarem overdose acidental de cocaína seguida de infarto, em um caso que envolve também um defensor público de 51 anos e segue repercutindo nas redes sociais, levantando debates sobre drogas, exposição digital e os limites da busca por um padrão estético idealizado.
Qual a causa da morte da “Barbie humana”?
Os exames necroscópico e toxicológico do Instituto Médico Legal (IML) indicaram que Bárbara sofreu um infarto agudo após o consumo de cocaína, afastando a hipótese de morte natural por problema cardíaco preexistente. A overdose foi apontada como fator determinante para a parada cardíaca, levando os investigadores a classificarem o episódio como fatalidade acidental.
Inicialmente, o laudo pericial descreveu o quadro como “morte súbita, sem causa determinante aparente”, e só após os exames laboratoriais foi possível estabelecer a overdose como explicação principal. Peritos descartaram sinais de agressão letal ou violência que indicasse homicídio, e o 7º Distrito Policial da Lapa deve encaminhar o inquérito à Justiça como caso não criminal, ainda sujeito à análise do Ministério Público.
Como foi a noite da morte na casa do defensor público?
O atendimento começou com um chamado de “encontro de cadáver” ao Centro de Operações da Polícia Militar, que encontrou Bárbara seminua, apenas de calcinha, com lesão no olho esquerdo e marcas nas costas. As circunstâncias iniciais levantaram suspeitas de possível violência, depois confrontadas com os depoimentos e os achados da perícia.
O defensor público Renato afirmou que contratou Bárbara como garota de programa e que ambos consumiram drogas, relatando que ela tossiu muito antes de adormecer e que tentou reanimação cardiopulmonar (RCP) orientada pelo Samu. Uma amiga dele disse ter visto a influenciadora escorregar e cair por volta das 4h da manhã, o que explicaria a lesão no olho, e os profissionais do Samu apenas puderam constatar o óbito às 21h07.
Quais são as contestações da família e do Ministério Público?
Apesar da conclusão técnica pela morte acidental por overdose de cocaína, o Ministério Público e os advogados da família de Bárbara não concordam integralmente com essa tese. Eles sustentam que ainda há pontos obscuros na dinâmica dentro do imóvel, incluindo possível omissão de socorro ou outras condutas que, em tese, poderiam configurar responsabilidade criminal.
Essas divergências podem prolongar a análise do caso mesmo com o inquérito classificado como não criminal, com pedidos de novas diligências e complementações periciais. A Defensoria Pública informou que o defensor está afastado de suas funções em período regular de afastamento, sem exercer atividades no órgão enquanto as apurações prosseguem.
Como a fama digital e as cirurgias plásticas marcaram a trajetória de Bárbara?
Bárbara realizou ao menos 27 cirurgias plásticas para se aproximar da aparência da boneca Barbie, transformando essas intervenções em parte central de sua identidade pública. Ela somava mais de 400 mil seguidores no Instagram e TikTok, sendo conhecida como “Barbie humana” e “Boneca Desumana”, o que reforçava um padrão estético extremo e altamente exposto.
Antes da grande projeção, já compartilhava rotinas e procedimentos estéticos em perfis menores, até consolidar uma persona digital baseada em transformação corporal, moda e estilo de vida. Esse percurso alimenta debates sobre autoestima, riscos à saúde, intervenções cirúrgicas sucessivas e como o engajamento pode incentivar padrões corporais distantes da maioria. Veja imagens da influenciadora em suas redes sociais:
Quais questões sociais e de saúde pública o caso levanta?
A morte da “Barbie humana” envolve investigação policial, saúde pública e comportamento social, ao evidenciar riscos do uso recreativo de cocaína em ambientes privados. Em termos médicos, a droga aumenta o risco de infarto, arritmias e outros problemas cardíacos, inclusive em pessoas jovens e aparentemente saudáveis.
Alguns pontos ajudam a entender por que o caso teve tanta repercussão e como ele se conecta a debates mais amplos sobre drogas, exposição e padrões estéticos:
- A forte presença de Bárbara nas redes sociais e o número elevado de cirurgias plásticas.
- O envolvimento de um defensor público e as dúvidas sobre as circunstâncias da morte.
- A classificação policial como fatalidade acidental, contestada pela família e pelo Ministério Público.
- A discussão sobre normalização do uso de drogas em círculos frequentados por influenciadores e artistas.
FAQ sobre o caso da “Barbie humana”
- Quem era a “Barbie humana” antes da fama nas redes? Antes de ganhar grande projeção digital, Bárbara Jankavski Marquez já realizava procedimentos estéticos e compartilhava parte de sua rotina em perfis menores. Com o tempo, as cirurgias plásticas e o visual inspirado na boneca Barbie passaram a ser o centro de sua identidade pública, ampliando sua presença e atraindo seguidores interessados em transformação corporal.
- Quantas cirurgias plásticas a influenciadora realizou? Bárbara realizou 27 cirurgias plásticas, segundo relatos divulgados pela imprensa, com o objetivo principal de aproximar sua aparência da boneca Barbie.
- A lesão no olho esquerdo teve relação com violência? Uma amiga do defensor público declarou que a lesão no olho ocorreu quando a influenciadora escorregou e caiu por volta das 4h da manhã. A perícia não apontou essa lesão como causa direta da morte, atribuída à overdose de cocaína e ao consequente infarto.
