Nos últimos anos, dispositivos criados para facilitar o controle de doenças crônicas têm ganhado popularidade, especialmente na era digital. Um exemplo recente é um anel que promete medir a glicose sem a tradicional picada no dedo, prática comum entre pessoas com diabetes. No entanto, especialistas alertam para os riscos do uso de tais dispositivos sem comprovação científica, destacando possíveis erros no manejo da doença.
Por que esses dispositivos não são recomendados e oferecem riscos?
De acordo com a endocrinologista e metabologista Lívia Mara Mermejo, professora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, confiar nesses anéis é arriscado. Leituras imprecisas podem levar pacientes a administrar doses erradas de insulina, aumentando o risco de hipoglicemia ou hiperglicemia.
O uso inadequado pode resultar em complicações graves, como a cetoacidose diabética. A médica reforça que a medicina precisa de métodos comprovados cientificamente e que não existem soluções milagrosas para o controle do diabetes.
Qual o motivo da proibição desses produtos pela Anvisa?
A Anvisa proibiu a comercialização de anéis de medição de glicose no Brasil após constatar ausência de estudos científicos e de validação clínica. Os produtos não passaram por testes adequados nem análises laboratoriais que atestem sua segurança e eficácia.
Apesar da proibição, propagandas desses dispositivos seguem circulando nas redes sociais, impulsionadas por influenciadores digitais. Isso facilita que pessoas vulneráveis sejam levadas a acreditar em falsas promessas sobre controle do diabetes.
Quais são os métodos seguros e validados para monitorar a glicose?
Para controlar o diabetes com segurança, é essencial recorrer a métodos reconhecidos pela comunidade científica. Técnicas aprovadas garantem precisão no acompanhamento da doença.
Entre os métodos recomendados, destacam-se:
- Exames laboratoriais tradicionais
- Glicosímetros capilares
- Sistemas de monitoramento contínuo de glicose
Como garantir um monitoramento eficaz e seguro da glicose?
A adoção de tecnologias validadas e o acompanhamento médico contínuo são fundamentais para um tratamento de qualidade. O acesso à informação confiável e a busca por orientações de profissionais de saúde são passos indispensáveis nessa rotina.
Manter-se informado sobre novidades científicas e seguir as recomendações de órgãos reguladores garantem maior segurança. A escolha por métodos testados e aprovados colabora diretamente para o bem-estar no controle do diabetes.