A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro subiu de 1% para 1,2% este ano, xsegundo e o Banco Central (BC). A projeção está no Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado nesta 5ª feira (30.mar) e vem depois de o BC fazer um afago no governo ao anunciar que novas regras fiscais poderiam ajudar a manter a inflação sob controle. “A revisão moderada reflete, especialmente, surpresas positivas em alguns componentes do setor de serviços no quarto trimestre de 2022 ? deixando carregamento estatístico do setor para 2023 ligeiramente maior do que o anteriormente esperado ?, melhora nos prognósticos para a indústria extrativa e os primeiros indicadores do primeiro bimestre de 2023”, detalha o BC.
A economia brasileira cresceu 2,9%, em 2022, depois de ter crescido 5% em 2021 e encolhido 3,3% em 2020. Para 2023, a projeção para o setor de serviços teve ligeira alta, de 0,9% para 1%. Na indústria, a projeção passou de estabilidade para alta de 0,3%, com piora na estimativa para a construção e melhora para as demais atividades. No caso da indústria extrativa, o BC estima alta de 2,3% no segmento, ante projeção de 1,5% no relatório anterior, diante de “prognósticos favoráveis para a produção de petróleo”.
A projeção de crescimento da agropecuária foi mantida em 7%, após recuo de 1,7% em 2022, repercutindo prognósticos favoráveis para culturas, com elevada participação no setor, como café, milho e soja. Com relação aos componentes domésticos da demanda, houve revisões de magnitude moderada nas projeções: alta no consumo das famílias, de 1,2% para 1,5%, e reduções para a formação bruta de capital fixo (investimentos) das empresas, de 0,3% para zero e para o consumo do governo, de 1,1% para 0,7%. As exportações e as importações de bens e serviços, em 2023, devem variar, na ordem, 2,4% e queda de 0,5%, ante projeções respectivas de 2,8% e 0,7% no Relatório de Inflação anterior.