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Jair Bolsonaro fez um discurso afiado a apoiadores nos Estados Unidos às vésperas de retornar ao Brasil. Nele, chamou Lula de “nove dedos” e afirmou que a economia do Brasil já piorou após a troca de comando no Planalto. O ex-presidente também criticou a retomada da política de demarcação de terras indígenas, considerada por ele prejudicial ao agronegócio.
“O atual governo vai voltar com a demarcação de terras indígenas. Não conheço nenhum país no mundo que tenha mais reservas do que nós: 14% demacardo de terras indígenas. Eu não demarquei nenhuma reserva. São mais de 400 pedidos de demarcação. Se 20% for atendido, acabou o agronegócio no Brasil”, disse.
Bolsonaro continuou: “Dois meses após as eleições, a economia já começou a sofrer no Brasil. Em dezembro, tivemos uma negativa de 430 mil empregos. Em janeiro, cresceu um pouco mas foi metade do que janeiro do ano anterior. De ontem para hoje, quatro montadoras deram férias coletivas a seus funcionários. Isso é um prenúncio de demissão.
Não está havendo demanda, não está havendo procura. O empresariado puxou o freio de mão, esperando o que vai acontecer. E o problema é a confiança. Ontem, o nove dedos falou que devemos abandonar os livros de economia. O cara nunca leu um Tio Patinhas na vida e agora fala em abandonar os livros de economia.”
O ex-presidente tampouco poupou Ricardo Lewandowski, ministro do STF. Sem citá-lo nominalmente, contestou a decisão que suspendeu restrições a nomeações de políticos para estatais. Disse Bolsonaro:
“O Temer criou a Lei das Estatais. O meu governo seguiu a lei. Esse novo já mudou na Câmara, para voltar a indicar quem bem entender para as estatais. Se bem que, no Supremo, o ministro já deu uma canetada e disse que pode ignorar a quarentena para que políticos ocupem estatais”.
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