Foto: Reprodução
Tifanny Abreu, a primeira transexual a disputar uma partida da Superliga de Vôlei do Brasil, criticou a decisão da Federação Internacional de Atletismo (World Athletics) de proibir “mulheres transgênero” de participar de provas internacionais nas categorias femininas.
“Isso se chama exclusão de mulheres”, afirmou Tifanny, em live nas redes sociais. “O homem pode tudo. Estão nos impedindo de ter nosso direito, nosso espaço. Repudio essa nova regra da Federação Internacional de Atletismo. Espero que vocês revejam toda essa regra. Vamos lutar sempre.”
Tifanny qualificou a World Athletics como “machista” e disse que decisões como a adotada pela Federação Internacional de Atletismo afetam apenas as mulheres. Ela considera que a participação de homens transgênero (mulheres biológicas) em categorias masculinas não gera a mesma repercussão.
“O machismo é muito grande”, observou a jogadora de vôlei. “A mulher não pode ser presidente, não pode ser CEO. Um homem trans pode vencer um homem cis [pessoa que nasceu do sexo masculino], mas a mulher não pode. A palavra transfobia significa medo. Medo do que você não conhece. Muito triste para mim, por saber que minhas ‘manas’ do atletismo não estão de fora.”
Revista Oeste