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O ex-presidente da Argentina Mauricio Macri anunciou neste domingo (26/3) que não será candidato às eleições presidenciais do país deste ano. Um dos principais nomes da oposição, o político governou a Argentina entre 2015 e 2019, e era dado como nome certo para o pleito deste ano.
“Quero ratificar a decisão de que não serei candidato nas próximas eleições. Há um grande número de novos líderes. Espero que não nos deixem ser pisoteados pelo populismo”, disse ele em vídeo divulgado nas redes.
Empresário, Macri é bilionário, chefe de uma das maiores holdings familiares e é ex-presidente do clube de futebol Boca Juniors.
No comunicado deste domingo, Macri citou a crise inflacionária pela qual o país passa. No último mês, o índice atingiu 98,8% no acumulado dos últimos 12 meses. Esse é o percentual mais alto na Argentina desde outubro de 1991, quando o número ficou em 102,4%.
Em janeiro, houve aumento de 6% no indicador, ante expectativa de 5,6%. O país fechou 2022 com taxa de 94,8%, após alta de 5,1% em dezembro.
Em 2019, Macri entregou a economia argentina a Alberto Fernández já endividada, com uma inflação de 53,8%; o peso desvalorizado e uma taxa de pobreza de 40%.
O ex-presidente também deixou pendente a maior dívida contraída pela Argentina com o Fundo Monetário Internacional, de cerca de US$ 44,5 bilhões.
No vídeo de desistência, no entanto, Macri faz ataques a Fernández e chega a dizer que a Argentina está “à deriva, sem liderança” e isolada do resto do mundo. “Nunca mais teremos um fantoche como presidente”, afirma.
Em dezembro, a líder do governo peronista, Cristina Kirchner, presidente da centro-esquerda duas vezes entre 2007 e 2015, também anunciou que não estaria entre os candidatos.
Ela foi condenada a seis anos de prisão e inabilitação perpétua para cargos públicos por fraudes contra o Estado.
Até agora, a expectativa de nomes para o pleito são Alberto Fernández, pela reeleição, e o direitista prefeito da Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, pela oposição.
Créditos: Metrópoles.