Em 1956, o Brasil dava um passo decisivo rumo à industrialização com o lançamento do Romi-Isetta, o primeiro carro de passeio produzido em série no país. Compacto, urbano e inovador para sua época, o modelo da Indústrias Romi marcou o início da trajetória automotiva nacional. Mas uma dúvida curiosa surge: quanto custaria o Romi-Isetta hoje, com a inflação corrigida?
Qual era o preço original do Romi-Isetta?
Na época de seu lançamento, o Romi-Isetta custava cerca de US$ 700, valor relativamente acessível para os padrões da década de 1950. No entanto, após mudanças no programa de incentivos à indústria, o preço dobrou para aproximadamente US$ 1.400, pois o modelo não atendia aos novos requisitos de ter pelo menos quatro lugares.
Quanto custaria hoje com a inflação acumulada?
Usando índices de correção inflacionária que ajustam valores históricos para o cenário atual, os preços atualizados para 2025 seriam os seguintes:
- Versão de US$ 700 → aproximadamente R$ 37.860
- Versão de US$ 1.400 → cerca de R$ 75.720
Esses valores colocariam o Romi-Isetta moderno na faixa de veículos compactos intermediários, como versões básicas de SUVs urbanos ou modelos hatch com itens de tecnologia e segurança.
O Romi-Isetta seria considerado carro popular ou de luxo?
Apesar de seu porte e proposta simples, o valor corrigido coloca o Romi-Isetta fora da categoria de entrada mais acessível. Com preço acima de modelos como Fiat Mobi ou Renault Kwid, mas abaixo de SUVs premium, ele se posicionaria como um modelo urbano de nicho, com apelo retrô e valor nostálgico.
Por que o primeiro carro nacional é tão simbólico?
O Romi-Isetta não é apenas um veículo histórico, ele foi símbolo da nacionalização da indústria automotiva e precursor da mobilidade urbana no Brasil. Tinha estrutura compacta, baixo consumo e produção com peças nacionalizadas, atendendo à demanda crescente por veículos no país em industrialização.
Vídeo apresentado por Garagem do Bellote TV, perfil com mais de 137 mil seguidores e 18 anos de jornalismo automotivo. Com experiência em mais de 1200 carros guiados, ele relembra o primeiro carro vendido no Brasil e mostra imagens marcantes do clássico Romi-Isetta, confira as imagens:
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Modelos históricos hoje viram itens de colecionador
Atualmente, exemplares preservados do Romi-Isetta podem valer muito mais do que os valores corrigidos. Unidades restauradas já ultrapassam os R$ 100 mil em leilões ou entre colecionadores, destacando seu valor como peça rara e icônica do design automobilístico.
Resumo: quanto vale a história sobre rodas?
- O Romi-Isetta, 1º carro nacional, custaria hoje entre R$ 38 mil e R$ 76 mil, conforme o período de referência.
- Mesmo sendo compacto e simples, seu valor atual estaria entre os carros intermediários do mercado.
- Como item de colecionador, pode alcançar valores ainda mais altos devido ao seu simbolismo e raridade.