Na noite dessa quarta-feira (12/11), funcionários do Nubank, uma das maiores fintechs do Brasil, expressaram publicamente seu descontentamento diante das demissões e da mudança no regime de trabalho da empresa. Em associação com o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, eles participaram de uma plenária virtual para protestar contra as recentes demissões e pedir a reintegração dos profissionais afetados. O conflito interno aumentou após o anúncio do regime híbrido, que substituirá o modelo quase totalmente remoto.
Como a reação dos funcionários do Nubank foi motivada?
A implementação do formato híbrido está no centro das reivindicações dos funcionários do Nubank. De acordo com o sindicato, os trabalhadores manifestaram insatisfação unânime, alegando que a decisão foi tomada sem consultar a entidade sindical.
A comunicação feita sem justificativas claras provocou uma quebra de confiança. O sindicato afirmou que não aceitará retaliações contra trabalhadores que demonstrem insatisfação com as mudanças de regime. Veja a nota em postagem no Instagram do Sindicato dos Bancários de SP:
Quais são os principais pontos do manifesto dos funcionários do Nubank?
A insatisfação dos colaboradores foi formalizada em um manifesto, que critica a forma como a gestão conduziu as mudanças. Eles consideram os desligamentos como punições arbitrárias a manifestações legítimas.
Para apresentar as principais críticas dos funcionários em relação à liderança do Nubank, veja a lista a seguir:
- Falta de diálogo e discussão prévia sobre as mudanças
- Punições para manifestações de descontentamento
- Ausência de justificativas embasadas para a transição ao regime híbrido
- Ameaças à diversidade e ao bem-estar no ambiente de trabalho
Como as demissões impactaram a moral dos colaboradores?
As demissões por justa causa de 12 funcionários, além das advertências, impactaram negativamente o clima organizacional. O Comitê de Conduta do Nubank alegou desrespeito em uma reunião, mas muitos trabalhadores viram essas ações como desproporcionais.
A situação se agravou para quem mora longe dos escritórios, levantando preocupações sobre representatividade e logística dentro da empresa. Essa problemática evidencia desafios não apenas operacionais, mas também de inclusão social.
Qual é a posição do sindicato e quais medidas estão sendo tomadas?
O Sindicato dos Bancários defende negociação transparente e inclusão dos funcionários em decisões relevantes. A presidente Neiva Ribeiro destacou a urgência de um diálogo efetivo para evitar novos conflitos internos.
A agenda do sindicato inclui reuniões periódicas com a liderança do Nubank. O objetivo é buscar soluções que contemplem tanto os interesses dos colaboradores quanto os da empresa, para restaurar a confiança e o bem-estar organizacional.
FAQ sobre o Nubank
- Qual foi a reação inicial dos funcionários ao anúncio das mudanças? A reação foi majoritariamente de insatisfação e choque, especialmente entre aqueles que moram fora de São Paulo e dependem do trabalho remoto para manter uma boa qualidade de vida.
- O que o Nubank alegou para justificar as demissões? O Nubank indicou que as demissões ocorreram devido a comportamentos considerados desrespeitosos e agressivos durante uma reunião com cerca de 7 mil colaboradores.
- Como essa situação pode impactar o desempenho do Nubank no futuro? A situação pode afetar a moral dos funcionários e, consequentemente, a produtividade. A insatisfação dos trabalhadores, se não resolvida, pode levar a uma rotatividade maior e uma possível dificuldade em atrair talentos.