A conexão entre organizações criminosas locais e técnicas internacionais de combate tem preocupado as forças de segurança brasileiras. O caso de Philippe Marques Pinto, do Comando Vermelho, ilustra como criminosos estão buscando treinamentos avançados no exterior, com potencial impacto direto nas operações criminosas no Brasil.
Como são as viagens de criminosos brasileiros à Europa?
A jornada de Philippe à Ucrânia é parte de um padrão recorrente, onde membros de facções viajam ao exterior para aprimorar técnicas de guerra. De acordo com a Ssinte, ao menos três viagens foram identificadas, entre junho de 2023 e setembro de 2025.
A intenção principal dessas missões tem sido a assimilação de táticas de guerrilha e combate, que elevam o nível de perigo nas operações do tráfico carioca e estimulam uma nova rodada de adaptações por parte das autoridades.
Qual o impacto desse treinamento militar?
A ligação de Philippe com o Complexo do Salgueiro, sob influência de “Rabicó”, reforça a rede do Comando Vermelho em São Gonçalo. A adoção de estratégias militares nesses redutos leva a uma escalada nas ameaças à segurança pública do Rio.
Exemplo disso é o uso de drones na distribuição de explosivos sobre forças policiais, recurso inicialmente visto em conflitos armados e que chega ao contexto urbano, dificultando ainda mais a atuação das autoridades.
Como o uso de técnicas militares transforma o tráfico de drogas no Rio?
O emprego de métodos de guerra em áreas urbanas muda o cenário dos confrontos, aproximando-os de zonas de combate. Isso demanda das forças policiais estratégias inovadoras, já que abordagens convencionais tornam-se insuficientes diante da nova realidade.
Ao analisar esse fenômeno, nota-se também uma intensificação do compartilhamento internacional de informações entre redes criminosas, tornando a resposta estatal ainda mais complexa.
Quais as estratégias policiais para combater?
Frente às ações de figuras como Philippe, a polícia investe em investigações abrangentes e adapta seu arsenal legal. A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) instaurou inquérito para apurar as viagens e os treinamentos recebidos no exterior.
Além das investigações, as autoridades têm adotado algumas estratégias práticas para lidar com esse novo cenário:
- Fortalecimento de colaborações internacionais entre polícias
- Investimento em tecnologia de inteligência e contra-espionagem
- Capacitação policial em táticas modernas de combate
O cenário impõe às forças de segurança um desafio crescente, pois exige não apenas operações robustas, mas também uma cooperação internacional ativa. Compartilhamento de inteligência e capacitação internacional despontam como elementos-chave. O acesso dos criminosos a táticas de guerra reforça a necessidade de investimentos contínuos em tecnologia e treinamento, para conter e desmantelar redes cada vez mais sofisticadas.
FAQ sobre a internacionalização do crime
- Por que Philippe Marques Pinto foi à Ucrânia? Ele viajou para receber treinamento militar e aplicar técnicas de guerra em operações do Comando Vermelho no Rio de Janeiro.
- Qual é a ligação entre o Comando Vermelho e outras facções internacionais? Embora o Comando Vermelho seja uma organização doméstica, suas atividades e colaborações, como no caso de Philippe, indicam um esforço para aprender e implementar técnicas estrangeiras nas operações locais.
- O que a polícia está fazendo para combater essas novas técnicas? A polícia está fortalecendo suas colaborações internacionais e investindo em novas tecnologias e treinamentos para enfrentar a evolução do crime organizado.
